Não é novidade que o ritmo de demissões no setor financeiro está cada vez mais crescente. De forma cruel e sem justificativa por conta do lucro bilionário, os bancos demitiram mais de 12 mil bancários somente em 2020. Para fazer frente a esta ofensiva, os sindicatos de todo o país intensificam a campanha contra os desligamentos. Nesta sexta-feira (23/10) terá mais um tuitaço, às 11h, com a hashtag #QuemLucraNãoDemite.
As empresas descumprem acordo firmado, em março, com o movimento sindical de que não iriam desligar os funcionários enquanto durasse a pandemia do novo coronavírus. Porém, foram 12.794 demissões, contra 11.405 contratações. Um saldo negativo de 1.389 postos de trabalho fechados, de acordo com o Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) do Ministério da Economia.
A crueldade dos bancos ficou mais evidenciada nos últimos meses. Em junho, foram registradas 1.363 demissões, passando para 1.634 em julho e 1.841 em agosto, mesmo depois das constantes cobranças dos sindicatos pela garantia do emprego da categoria na crise sanitária.
O primeiro a quebrar o compromisso foi o Santander, que começou a demitir ainda no primeiro semestre. Depois foi a vez do Itaú e Mercantil do Brasil. Como estratégia, o Bradesco tentou mascarar os desligamentos com uma campanha publicitária enganosa insinuando que estava preparando o futuro e, sem muito alarde, já demitiu mais de mil empregados.
O movimento sindical segue mobilizado para alertar que a pandemia ainda não acabou e cobrar respeito ao Acordo Coletivo e responsabilidade social com a vida dos pais e mães de famílias que trabalham para os bancos e são fundamentais na produção dos lucros extraordinários extraídos e embolsados pelos banqueiros tanto nas fases de prosperidade quanto durante as crises econômicas do capitalismo brasileiro.
Fonte: Sindicato dos Bancários da Bahia