O Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé informa que, a partir de outubro de 2020, não conta mais com seu espaço físico na Rua Rêgo Freitas, em São Paulo.
Localizado na histórica Vila Buarque, vibrante bairro da capital que foi um verdadeiro caldeirão cultural nos anos de resistência à ditadura, o imóvel alojou a entidade por oito anos. De 2012 a 2014, no primeiro andar. De 2014 até 2020, no consagrado Espaço Paulo Henrique Amorim, no oitavo andar do mesmo prédio.
Em meio à grave crise econômica e à pandemia do coronavírus, os proprietários do edifício optaram pela venda do prédio, que já abrigou outras entidades irmãs como a Oboré – Projetos Especiais em Comunicação e Artes e o Intervozes – Coletivo Brasil de Comunicação Social.
Com dificuldades decorrentes do processo de asfixia financeira dos movimentos sindical, social e populares no país, deflagrado como consequência do golpe de 2016, o Barão de Itararé promoveu, em novembro de 2018, uma grande campanha de arrecadação para manter a sede por mais um ano.
Após três meses e muita solidariedade, carinho e afeto recebido de ativistas e simpatizantes, a campanha superou a meta necessária para o Barão manter as portas abertas. Foi um momento fundamental do ciclo que, agora, se encerra.
A sede formada por três espaços – Espaço Paulo Henrique Amorim, Auditório Vito Gianotti e Espaço Davizinho Capistrano, este último, um estúdio de rádio remanescente dos tempos em que a Oboré ocupava o imóvel – virou referência para a luta pela democratização da comunicação no país.
Ao longo dos últimos anos, a sede do Barão tornou-se uma verdadeira casa das lutadores e lutadores do Brasil, recebendo eventos, reuniões, seminários e atividades por parte de lideranças políticas, partidos políticos, movimentos sociais, iniciativas de solidariedade internacionalista, ativistas da cultura e midiativistas em geral.
O Barão se despede da boêmia região da Rêgo Freitas sem poder realizar seu último bota-fora, que tantas boas lembranças trazem a quem contribuiu e ajudou a construir a luta neste período e lugar. Mas o Barão não para. Enquanto não encontramos uma nova casa, a entidade segue ativa, como tem sido durante todo o período de pandemia: um espaço para a construção de ampla unidade e uma trincheira de luta por uma comunicação com mais pluralidade e diversidade, sem a qual não é possível construir um Brasil mais justo e democrático.
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Fonte: site do Barão