MAS, uma legenda de esquerda, é favorito e deve vencer as eleições de 18 de outubro, marcando uma reviravolta no golpe de Estado de 2019 que depôs o ex-presidente índio
A Justiça da Bolívia rejeitou na segunda-feira (5) a ação de uma senadora de direita para inabilitar o Movimento ao Socialismo (MAS), partido do ex-presidente Evo Morales, que é o favorito para as eleições de 18 de outubro.
Os dois juízes do Tribunal de Garantias Constitucionais de La Paz rejeitaram absolutamente a ação de cumprimento invocada.
“Nossa sigla está garantida, vai seguir em 18 de outubro e vamos vencer as eleições”, disse o advogado do MAS, Wilfredo Chávez.
O tribunal admitiu no mês passado uma demanda da senadora de direita Carmen Eva Gonzales, que pedia a impugnação da sigla de Morales (presidente de 2006-2019) por supostamente transgredir a lei que proíbe a divulgação de pesquisas de voto pelos partidos.
O candidato do MAS, o economista Luis Arce, divulgou em julho pesquisas internas que apontavam sua liderança, algo vetado pelas regras eleitorais.
Chávez argumentou que o tribunal de La Paz “não pode decidir sobre um assunto que está em trâmite no Tribunal Constitucional” (TC) na cidade de Sucre.
O MAS apresentou ao TC uma ação de inconstitucionalidade contra o artigo que proíbe aos partidos divulgar pesquisas de opinião.
Arce lidera a pesquisa divulgada pela fundação católica Jubileo com 29,2% das intenções de voto, seguido pelo ex-presidente de centro Carlos Mesa (19%) e o líder regional de direita Luis Fernando Camacho (10,4%).
A Constituição declara vencedor em primeiro turno o candidato que recebe 50% mais um dos votos ou 40% dos votos com 10 pontos de vantagem sobre o segundo colocado.
Caso um candidato não vença no dia 18, o país terá o segundo turno em 29 de novembro.
Com informações da CartaCapital