O esperado despacho da Ministra Kátia Arruda, relatora do Dissídio Coletivo dessa Campanha Salarial, foi informado aos Sindicatos na terça-feira(1). Não trouxe excepcionalidades.
A relatora e ministra do TST, Kátia Arruda não acatou o pedido da empresa para declarar a ilegalidade da greve. Proibiu a ECT de fazer novos descontos dos grevistas antes do julgamento, sem determinar a devolução do que já foi descontado indevidamente. E estipulou uma multa para os Sindicatos, caso não seja mantido 70% do efetivo trabalhando, o que segundo dados da própria empresa está garantido.
Manter a greve contra a destruição do Acordo Coletivo
Mas ainda não foi marcada a data do julgamento pelo pleno do TST. E como a direção da empresa se nega a negociar e não aceita nenhuma proposta que não seja a retirada de 70 cláusulas do Acordo Coletivo, é necessário manter a greve para mostrar que os trabalhadores não aceitam a destruição do Acordo Coletivo e retrocessos nos benefícios e na renda.
Para tanto é necessário dialogar e explicar a cada companheiro a importância de paralisar para não perder o que foi conquistado em décadas de lutas.
Para isso, os Sindicatos filiados à FINDECT tem mantido o diálogo constante com a população, realizando entrega de carta aberta e com uma greve ordeira e solidária.
Dialogar com a população
A FINDECT ressalta que é imprescindível a participação da categoria na distribuição de carta aberta, carreatas, ações solidárias e outras formas de contato com a população para explicar os motivos da greve e ganhar o imprescindível apoio político da opinião pública, uma das poucas armas capazes de cutucar o governo nesse momento.
Mas não há espaço nem é o momento de ações extremadas. A conjuntura do país está desfavorável para os trabalhadores. Além de todas as dificuldades de organização e mobilização trazidas pela pandemia, há uma grande articulação política que envolve governo, partidos patronais no Congresso Nacional e setores da justiça em torno da destruição dos direitos trabalhistas, do aumento da exploração e da precarização do trabalho, de manutenção de uma política econômica neoliberal que só favorece os bancos e as grandes empresas.
É preciso ser extremamente cautelosos e responsáveis para não dar os argumentos que esses setores querem para atacar e criminalizar as lutas dos trabalhadores e por tudo a perder. A situação atual exige uma greve forte, com muita união e solidariedade entre os trabalhadores, proximidade e empatia com a população.
A Diretoria da FINDECT e dos sindicatos filiados convocam a participação de todos os trabalhadores e trabalhadoras nas ações convocadas pelo seu Sindicato, fortalecendo a greve e defesa dos direitos da categoria!
Fonte: Findect