Sem diálogo com os trabalhadores e trabalhadoras, a direção dos Correios vem destruindo direitos conquistados pela categoria ao longo de 30 anos de luta. De acordo com lideranças sindicais dos Correios, o ataque aos trabalhadores faz parte do projeto do presidente Jair Bolsonaro de privatizar a empresa. Nesta quarta-feira (19), o Sindicato dos Trabalhadores dos Correios de São Paulo (Sintect-SP) fez mobilização para informar a população sobre os motivos que levaram a categoria a deflagrar greve geral nesta terça-feira (18).
De acordo com Elias Divisa, presidente do Sindect-SP, a paralisação está forte entre os trabalhadores de todo o Brasil. “Queremos que a decisão do TST (Tribunal Superior do Trabalho) seja respeitada. Em 2019 o órgão definiu que o atual acordo coletivo teria a validade de dois anos. A direção dos Correios quer retirar 70 das 79 cláusulas”, afirmou. Ele orientou que os trabalhadores participem das atividades divulgada pelos sindicatos.
A greve dos Correios recebeu nesta terça-feira (18) o apoio do sindicalista Alberto Cejas, Secretário geral do Sindicato Argentino dos Correios. De acordo com o dirigente, o ataque aos trabalhadores que visa a privatização vai afetar todo o povo. “Somos solidários e vamos lutar junto com vocês para que atinjam o objetivo para manter os direitos e um correio estatal, fortalecido”.
As Centrais Sindicais também divulgaram nota em apoio a greve e tem atuado junto ao Ministério Público do Trabalho (MPT) denunciando a situação dos trabalhadores e trabalhadoras da empresa. “A ajuda que a CTB tem dado com as demais centrais abre as portas para mostrar a nossa realidade para o Congresso Nacional e para a Justiça”, afirmou José Gandara, presidente da Federação Interestadual dos Sindicatos dos Trabalhadores e Trabalhadoras dos Correios (Findect).
Railídia Carvalho