Desde o dia 1º de agosto os trabalhadores e trabalhadoras dos Correios tiveram cortadas 70 das 79 clausulas do atual Acordo Coletivo. A direção dos Correios alega que esses direitos trazem prejuízo e se nega a dialogar. Em resposta ao ataque a direitos conquistados há 30 anos os trabalhadores deflagram greve nacional a partir da meia-noite desta terça-feira (18).
Entre os direitos suprimidos estão os tickets pagos nas férias, anuênio e o pagamento de 30% de adicional de risco. “Agora é hora de nos unirmos para voltamos a conquistar nossos direitos. Precisamos mostrar para a direção dos correios que nossa categoria é forte e está unida em nível nacional”, afirmou Elias Divisa, da Federação Interestadual dos Trabalhadores dos Correios (Findect).
Os trabalhadores e trabalhadoras denunciam ainda o descaso da direção dos correios com as medidas sanitárias nas agências para evitar a exposição ao coronavírus. A frente do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios de São Paulo (Sintect), Divisa liderou protestos para pressionar os Correios a assegurar álcool gel, a desinfecção adequada do ambiente de trabalho, sabonete líquido e papel toalha.
De acordo com ele, a greve é para assegurar a dignidade dos trabalhadores e trabalhadoras. “A direção dos correios trata com descaso a sobrevivência dos trabalhadores e suas famílias e se aproveita da pandemia para rebaixar as condições de trabalho e retirar direitos”, denunciou o dirigente.
Railídia Carvalho