Em reunião realizada nesta quinta-feira (13/8), por videoconferência, o Fórum das Centrais Sindicais debateu a luta em defesa das estatais, que sofrem com os ataques privatistas do governo Bolsonaro.O encontro contou com a participação de 79 entidades e das 11 Centrais sindicais em atividade no país.
As principais deliberações da reunião foram a unificação dos esforços em torno da campanha do Comitê de Defesa das Estatais: “Se é público é para todos”; apoio a greve dos Correios, prevista para começar no dia 17 de agosto; a adoção de ações coordenadas nas mídias sociais; atuação junto a prefeitos e vereadores; levar o debate em torno da pandemia e da importância do papel do Estado para a sociedade, além de envolver os sindicatos de trabalhador de Empresa privada e do serviço público.
O Fórum definiu também a luta contra Medida Provisória 995, que busca privatizar a Caixa. As entidades devem buscar dialogar com todas as forças política do Congresso; buscar apoio dos movimentos populares e dos comunicadores alternativos e judicializar a medida, questionando tudo, inclusive os valores dos ativos que forem postos a venda para criar insegurança jurídica.
De acordo com Emanoel Souza, secretário Geral da Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe, o movimento sindical tem sido ágil ao responder às manobras traiçoeiras do governo federal e da Medida Provisória 995. “Conseguimos que dezenas de parlamentares apresentassem 412 emendas na MP e agora articular todas as centrais em torno de uma grande campanha em defesa das estatais. Mas o governo também está atuando de forma rápida e a Caixa já publicou um aviso ao mercado, anunciando a abertura de capital da Caixa seguradora. Vamos precisar de muita mobilização para barrar o desmonte da Caixa”, ressaltou.
Paulo Neves, dirigente petroleiro que representou a CTB nacional na reunião, avaliou que o encontro cumpriu o objetivo de fortalecer o movimento sindical em defesa das empresas estatais. “A reunião foi positiva no sentido de fortalecer o Fórum das Centrais, a defesa das empresas públicas e a nossa posição contrária à privatização. Também é importante ver a afinidade dos discursos das centrais na unificação das lutas. O discurso unitário amplia o alcance junto à sociedade no sentido de apresentar os prejuízos que a privatização causará à população brasileira”, afirmou ao Portal CTB
Fonte: Federação dos Bancários dos Estados da Bahia e de Sergipe com informações do Portal CTB