O Brasil já soma 2.048.697 de casos confirmados da Covid-19 e 79.533 mortes nesta segunda-feira (20). Nos últimos sete dias foram registrados 1.055 óbitos a cada 24 horas em média, segundo dados divulgados pelas secretarias de saúde dos estados, o pior índice do mundo.
Muitos especialistas alertam que os número reais devem ser maiores, principalmente em função da falta de testes, o que a ex-presidenta Dilma classificou com razão de “maior crime do governo contra o povo brasileiro”.
Atestado
A tragédia sanitária é mais um atestado da cegueira e incompetência do governo da extrema direita. O custo em vidas humanas e prejuízos econômicos deste comportamento é inestimável.
No início da crise sanitária, Bolsonaro classificou a covid-19 como “gripezinha”, participou de manifestações golpistas, incentivando aglomerações, mobilizou empresários para uma marcha ameaçadora contra o STF e o isolamento social e fez campanha de um remédio duvidoso e perigoso para combater a doença. Informou ter testado positivo, mas não mudou de conduta.
Tapar o sol com peneira
Incomodado pelos fatos, procurou falsear as estatísticas, com a cumplicidade do Ministério da Saúde, que ele militarizou e destruiu. Mas o tiro saiu pela culatra.
Foi como tentar tapar o sol com peneira, pois os dados originais são colhidos nos estados e municípios e encaminhados primeiro às secretarias estaduais de Saúde.
Experiência internacional
O que se sabe, e inúmeros profissionais da saúde têm reiterado, é que milhares de vidas poderiam ter sido poupadas se a conduta do presidente, única no mundo, fosse menos insana.
Além de salvar vidas, a contenção da pandemia reduziria os impactos deletérios sobre a economia, permitindo uma recuperação mais imediata e efetiva, assim como a preservação de empregos e renda.
É o que sugere a experiência internacional. Mas o governo menosprezou as recomendações da OMS, deu de ombros à necessidade de comprar no exterior testes e equipamentos médico-hospitalares e teimou numa aposta errada na abordagem da “gripezinha”.
Fora Bolsonaro
Não falta dinheiro para importações e investimentos na saúde. O governo pode recorrer inclusive, por maio do Banco Central, à alternativa de imprimir dinheiro sem maiores riscos de inflação neste momento de recessão, conforme sugerem inúmeros economistas.
Mas o Executivo não utiliza nem mesmo os recursos já orçados e disponíveis. Prevalece no governo o descaso, a incompetência e a indiferença em relação à saúde e à vida do povo brasileiro.
O Brasil é o segundo no ranking global de vítimas da covid-19. Uma vergonha para a nação, resultado de um atentado à saúde pública que escandaliza a opinião pública mundial. Mais um crime do neofascista Jair Bolsonaro. Mais uma razão para destitui-lo da Presidência.