“Expandir o presente, criar o futuro” será lançado com bate-papo e sarau virtual no próximo dia 27, sábado, a partir das 15 horas
Obra coletiva, o livro “Expandir o presente, criar o futuro” foi pensado por 16 trabalhadoras de diversas nacionalidades, com diferentes culturas e profissões, para refletir o isolamento social – tão necessário-, defender o seu espaço como mulher e respeitar a vida no planeta.
Para tanto, cada autora escolheu entre março e maio, dias que refletiam seu cotidiano em tempos de pandemia de coronavírus. Surpresa, frustração, insegurança, revolta, descoberta, carinho e busca. O encadeamento entre essas expressões ficou a cabo das professoras Fabíola Notari e Mirlene Simões, e da artista visual Priscila Bellotti.
“A ideia da obra era dar voz ao que estava represado e que foi mais agravado em tempos de pandemia. No caso brasileiro, especificamente, pela ausência de políticas públicas e de direitos, baixos salários, sobrecarga e stress”, explica Mirlene Simões. Na avaliação da doutora em sociologia, “o encontro de mulheres jovens, indígenas, afrodescendentes e de outros países nos permitiu pensar coletivamente e avançar contra a opressão”.
O questionamento aos padrões estabelecidos pela grande mídia sobre a temática feminina também está presente no ebook, acredita, “porque mesmo que tenhamos tido avanços no último período em relação à divulgação e à denúncia de temas como a violência contra as mulheres, a abordagem ainda deixa cada uma por si”.
“A questão é que problemas como o machismo estrutural, o feminicídio, a violência e principalmente o aumento de trabalho em casa não são individuais e se aprofundaram com Bolsonaro, necessitando ser enfrentados. Em relação às mulheres dos outros países não sentimos este nível de tensão, elas se manifestam de outras formas”, acrescentou.
![](https://www.ctb.org.br/wp-content/uploads/2020/06/e-book-covid-19-818x1024.jpg)
Reunindo textos, desenhos, fotografias, filmagens, costuras, remendos, fissuras e bordados, o livro reflete, entre outras vozes, professoras de escolas e universidades, uma poetisa cubana, uma escritora finalista do Jabuti, uma psicanalista, artistas e doutoras.
“A seu modo, cada uma de nós procurou elevar o tom e colorir de vida a crítica ao cinza de dificuldades e opressões de sociedades em que as mulheres ainda não são suficientemente valorizadas”, declarou a professora Monica Fonseca Severo. Na sua avaliação, “infelizmente no nosso país, isso ainda está escancarado nos grandes meios de comunicação, que retroalimentam uma visão extremamente machista, conservadora e alienante, que conduz a um apequenamento das mulheres”. “Acredito que a obra é um grito poético contra isso”, concluiu.
Na obra, Célia Maria Foster Silvestre, pós-doutora em Estudos sobre Democracia afirma que “no Brasil, o vírus repercute a ausência de humanidade presente na boca que escancara a necropolítica e ri das mortes anunciadas”.
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O sarau virtual e bate-papo de lançamento acontecerão no próximo dia 27 de junho, sábado, a partir das 15 horas, pelo aplicativo Zoom, https://zoom.us/j/96613874717, ID da reunião: 966 1387 4717
O e-book será vendido a preço popular, a partir do dia 27/06, pela Banca Vermelha https://www.abancavermelha.com/
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Informações da Assessoria