A aprovação da MP 905 pela Câmara Federal revoltou o movimento sindical e os movimentos sociais, que denunciam a medida – imposta a pretexto de ampliar a oferta de emprego sobretudo para jovens – como um ataque brutal ao Direito do Trabalho. Em resposta, a CTB e demais centrais, a UNE, MST e várias outras entidades promoveram na manhã desta terça-feira o tuitaço #caduca905, que por volta das 11h30 já era o terceiro tem mais comentado na rede social.
A medida instituída por Jair Bolsonaro viola a Constituição, retira garantias fundamentais consagradas na CLT e, a exemplo da reforma trabalhista, não vai aumentar a oferta de emprego, mas ao contrário tende a aumentar o desemprego ao reduzir a renda da classe trabalhadora, enfraquecendo o mercado, deprimindo o consumo e, por extensão, a produção.
No mesmo diapasão da reforma trabalhista, que não contribuiu para a criação de novas vagas e estimulou a informalidade, a MP 905 só favorece o patronato e depende agora da análise do Senado, onde é possível, embora não provável, que seja ignorada (até que caduque, como pedem as centrais e os movimentos sociais) ou rejeitada.