Os resultados da política liberal em resposta à pandemia do coronavírus são hoje visíveis nos Estados Unidos e atestam a culpa do presidente Donald Trump, que subestimou os desdobramentos sanitários da proliferação da doença no país. O retrato do drama está no estado mais conhecido e badalado do país.
Com mais casos do novo coronavírus (Sars-CoV-2) do que qualquer outro país do mundo, o estado americano de Nova York começou a cavar covas comuns para sepultar seus mortos.
Imagens de um drone divulgadas pela rede britânica BBC mostram um enterro em massa de vítimas da covid-19, a doença provocada pelo novo coronavírus, em uma cova comum em Hart Island, no distrito do Bronx, um lugar tradicionalmente usado na cidade de Nova York para sepultar aqueles cujas famílias não podem arcar com um funeral ou um jazigo.
Trump não é o único chefe de Estado a abordar a crise de uma forma irracional e irresponsável, outros líderes capitalistas do chamado Ocidente, especialmente na Europa, foram pelo mesmo caminho e estão pagando um alto custo em vidas humanas, além da imobilização de forças produtivas, pela imprudência, casos especialmente da Itália e da Inglaterra, cujo primeiro-ministro, Boris Johnson, foi internado no último domingo (5) com coronavírus.
Confrontados com a implacável evolução da pandemia, Trump e outros políticos burgueses mudaram a opinião e a consequente orientação de seus governos no enfrentamento do problema, embora um tanto quanto tardiamente, como sugere as tragédias na Itália e em Nova York.
Fã babão do presidente estadunidense, o líder da extrema direita brasileira, Jair Bolsonaro, que não conhece a luz do bom senso, ainda teima na contramão dos fatos, da ciência e das recomendações da OMS e do próprio Ministério de Saúde de seu governo, promovendo como um quixote desvairado a desobediência civil e pregando o fim imediato do isolamento.
Fora Bolsonaro!