As unidades de conservação ambiental Humaitá, Iquiri e Castanho permitem a exploração de madeira em parte de seu território. O governo Bolsonaro dá curso a uma política neoliberal submissa aos interesses dos capitalistas e extremamente nociva ao meio ambiente, razão pela qual é combatida e criticada por especialistas no Brasil e repudiada em todo o mundo. Reproduzimos abaixo trechos da reportagem do jornalista Bustavo Uribe sobre o tema publicada na Folha.
O governo Jair Bolsonaro autorizou na quarta-feira (19) que três florestas da região amazônica sejam concedidas à iniciativa privada.
As unidades de conservação ambiental Humaitá, Iquiri e Castanho, que permitem a exploração de madeira em parte de seu território, estão localizadas no Amazonas.
As três foram incluídas na carteira de projetos do PPI (Programa de Parcerias de Investimentos), que neste ano passou a ser vinculado ao Ministério da Economia.
É a primeira vez que florestas fazem parte da relação de projetos da iniciativa federal. A previsão da equipe econômica é que Humaitá seja leiloada no quarto trimestre deste ano, enquanto Iquiri e Castanho fiquem para o segundo trimestre de 2021.
Ao todo, foram anunciadas nesta quarta-feira (19) a inclusão de 22 novas iniciativas na carteira do programa, entre elas terminais pesqueiros, arrendamentos portuários e rodovias federais.
Além das três florestas, foram aprovadas as concessões dos parques Canela e São Francisco de Paula, ambos no Rio Grande do Sul, para exploração turística.
Na área de infraestrutura, entre outros projetos, foram incluídos cinco arrendamentos portuários e a BR-040, que liga Brasília (DF) a Juiz de Fora (MG). Em entrevista à imprensa, o secretário especial de Desestatização, Desinvestimento e Mercados, Salim Mattar, afirmou que uma eventual privatização dos Correios só deve ocorrer em 2021.