No mês que antecede o marco da luta das mulheres por direitos, a pessoa que ocupa o cargo mais alto do país, o Presidente da Republica, Jair Messias Bolsonaro, mais uma vez revela seu ódio misógeno em um comentário violento de cunho sexual contra uma trabalhadora, a repórter Patrícia Campos Mello do jornal Folha de São Paulo.
Reproduzindo um comentário falso, que já foi desmascado, ele afirmou que ela ofereceu sexo em troca de informação. Bolsonaro propaga a mentira proferida por Hans River Nascimento, que mentiu na CPMI das Fake News e difamou a jornalista do Jornal Folha de São Paulo.
A Folha comprovou, com as trocas de mensagens entre ele e a repórter, que na verdade era ele quem a assediava sexualmente. Essas atitudes comprovam o assedio contra as mulheres no local de trabalho. Quando a mulher recusa a investida sexual (assedio sexual), muitas vezes o assediador passa a cometer também o crime de assedio moral.
O ataque à jornalista é um ataque a todas as mulheres. É inaceitável comentários como este vindo do Presidente da República, assim como a fala do Hans River Nascimento. Bolsonaro já ultrapassou todos os limites do desrespeito ao gênero feminino. A CTB, através desta nota, manifesta total repudio a todo ato de violência contra as mulheres, assim como aos ataques do Ministro Paulo Guedes às trabalhadoras domésticas, ao mesmo tempo em que expressa irrestrita solidariedade à jornalista.
O Brasil, um dos países que mais comete violência de gênero, hoje tem na Presidência um homem que demonstra claramente que não tem menor preocupação com esta pauta e chega ao ponto de atacar até mesmo a primeira dama da França, Brigitte Macron. Com isto, vem mostrando em variadas declarações que não tem capacidade para governar o Brasil.
Gicélia Bitencourt – Secretaria de mulheres da CTB-SP