A diretoria da Companhia Docas do Pará vem dificultando o fechamento do Acordo Coletivo de Trabalho da categoria portuária e dos guardas, no Pará e Amapá, no entanto a força da atual diretoria do Sindicato com o apoio massivo da brava categoria resiste e impõe derrotas aos intentos da empresa.
A direção da CDP/PA ameaçou suspender todos os direitos constantes no Acordo Coletivo de Trabalho, a partir do dia 11 de fevereiro de 2020. Sabendo disso os Sindicatos mobilizaram suas categorias para paralisação de todos os portos e terminais.
Apos o anúncio da greve a empresa recuou e chamou as direções dos Sindicatos e propôs uma prorrogação do ACT por mais dois meses. A referida prorrogação teve efeito positivo, pois agora os trabalhadores terão mais sessenta dias para decidir seu destino. Ou a empresa assina sem retirar direitos ou é dissidio e muita luta.
Dalton Beltrão, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Serviços Portuários no Estado do Pará e Amapá (Sindiporto), filiado a CTB, informou que a mobilização levou a empresa a prorrogar do prazo do atual ACT por mais 60 dias e seguir nas negociações.
Dalton afirmou que “foi uma conquista única e exclusivamente da mobilização dos trabalhadores e da direção do Sindicato, que não abriu mão dos direitos da categoria, mantendo o direito a jornada de 6h diária entre outros. “Já vivemos tempos de jornada de 8h diárias, e foi um período difícil”, disse Dalton Beltrão. Juntamente com a Jornada todos os outros direitos foram garantidos, como por exemplo a escala de revezamento.
A manutenção da escala de revezamento foi a umas das conquistas. “Hoje trabalhamos 12×24 e 12×48, se isso fosse mudado seria um caos na vida dos trabalhadores, por isso essa conquista redobra o valor da luta”, destacou Diego Figueiras, diretor do Sindiporto.
Rodrigo Rabelo, presidente do Sindicato dos Guardas Portuários dos Estados do Pará e Amapá, filiado a CTB, registrou que a manutenção da escala no formato atual foi importante, pois a empresa pretendia mudar tudo sem acordo. Segundo Rodrigo a CDP de forma errada, alega que isso seria ato de gestão, ou seja, a empresa determina a escala de serviço conforme sua vontade. Rodrigo destaca que a categoria está mobilizada para qualquer ataque a seus direitos e com unidade defender seus interesses.
Dagomar Aragão, diretor social do Sindiporto, lembrou que todos os direitos trabalhistas e da jornada são frutos de ações da política sindical desenvolvidas pelos dirigentes do Sindiporto e Sindiguapor, nas lideranças dos presidentes Dalton e Rodrigo, com as mobilizações, paralisações e atos dentro de cada cenário da política nacional e local.
Para Cleber Rezende, presidente da CTB/PA, os dois Sindicatos estão em boas mãos e devem seguir lutando e defendendo a categoria dos guardas e portuários em geral, que Dalton e Rodrigo, com suas direções sindicais, são classistas, atuantes e não se vende e nem se rende aos patrões e dirigentes da empresa. São de lideranças assim que o movimento sindical precisa.
Para Cleber Rezende, a categoria portuária tem uma importante decisão no próximo 18 de fevereiro, definir se o Sindiporto segue firme na defesa da categoria e de seus direitos ou vacilante, com possibilidade de voltar às 8h diárias de trabalho e rebaixamento de conquistas. Avançar nas conquistas ou o retrocesso? Essa escolha a categoria terá que fazer. Esperamos que erros do passado não voltem. O caminho certo é com a chapa 1 Democracia Portuária.
É nesta conjuntura que a CTB/PA manifesta total apoio a chapa 1 Democracia Portuária, por um sindicato sério, de luta e conquista com Dalton Beltrão, presidente e Diego Filgueiras, vice presidente.