Fernando Brito, no Tijolaço
A notícia de que o Brasil foi retirado da lista de países que, pela classificação de “em desenvolvimento”, merecem algumas vantagens na Organização Mundial do Comércio, mais que ser outro sinal de desprestígio dos EUA ao país cujo presidente segue Donald Trump com a submissão de cachorro e mendigo, não tem tido a leitura mais terrível de seu significado.
É que seu alvo principal é a China, justo no dia em que o país procura voltar, ainda que parcialmente, ao trabalho, em meio ao um desastre sanitário que tem mais de 43 mil infectados e passou das mil mortes.
Estaríamos na lista de qualquer jeito, mesmo que o sujeito que dirige o país não tivesse dado a cara do Brasil a bater, com o objetivo de colocar uma possível – mas ainda remota – entrada na OCDE como “conquista” de seu governo inútil.
No caso da China, é um sinal que, mesmo diante da iminência de queda da economia que é, reconhecidamente, o “motor” do comércio global, o governo Trump não lhe estenderá a mão.
O surto de coronavírus deu a Trump a chance de agir sem que os chineses possam reagir.