A CTB, Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil, junto à CGTB, CSB, CSP Conlutas, CUT, Força Sindical, Intersindical, NCST e UGT reuniram na manhã desta segunda-feira (03/02) trabalhadores e trabalhadoras de diferentes categorias na Avenida Paulista num protesto contra o governo Bolsonaro e em defesa do emprego, da democracia, da soberania e dos direitos sociais.
“O povo brasileiro é vítima de uma política entreguista, com o governo privatizando as refinarias, exportando petróleo cru para os EUA e importando derivados como a gasolina, numa política que vai colocar nosso Brasil refém do imperialismo americano”, denunciou o presidente da CTB, Adilson Araujo.
“Em nosso país cresce o desalento, a desesperança, mas não podemos admitir que nosso país seja neocolonizado”, acrescentou o sindicalista, que defendeu uma ampla unidade das forças de oposição ao governo neofascista liderado por Jair Bolsonaro. “A esquerda unidade numa frente ampla vai viabilizar a vitória do campo democrático e popular e o resgate de um projeto nacional de desenvolvimento com democracia, soberania e valorização do trabalho”.
Enquanto o governo maquia a real situação dos trabalhadores brasileiros, submetidos a condições precárias após a Reforma Trabalhista que legalizou o trabalho intermitente e impôs outros retrocessos, é necessário denunciar a precariedade e cobrar medidas que recoloquem o Brasil na condição de potência industrial.
As políticas neoliberais só agravam a situação. O contrato verde-amarelo permite que jovens entre 18 e 29 anos sejam contratados sem carteira assinada, com o teto de remuneração de 1,5 salário mínimo. Além disto, reduz o percentual do adicional de periculosidade e restringe tal direito, diminui a contribuição patronal para o FGTS e a multa rescisória, possibilita o pagamento parcelado das férias e 13º salário e chega ao ponto de taxar o seguro desemprego, reduzindo ainda mais o seu valor.
É neste cenário preocupante para o povo, mas favorável à grande burguesia, que Bolsonaro foi recebido pela Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) para festejar a política de retirada de direitos do povo e precarização do trabalho. As centrais sindicais deram um recado unificado refletindo o descontentamento da classe trabalhadora e cobrando medidas efetivas em prol do desenvolvimento, contra a desindustrialização, a desnacionalização e o desemprego.
Estiveram presentes também as entidades estudantis, bem como militantes e lideranças das Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo. Embora debaixo da chuva, os trabalhadores e trabalhadoras que compareceram na manhã desta segunda-feira ao ato da Avenida Paulista acompanharam atentamente o pronunciamento das lideranças e mostraram a disposição de continuar ocupando as ruas em defesa da liberdade, da soberania nacional, da igualdade e dos direitos sociais.