Trabalhadores e trabalhadoras dos Correios estiveram reunidos nesta segunda-feira (27) em São Paulo para debater a estratégia de luta contra a privatização da empresa e em defesa dos interesses da categoria, agora sob forte ameça de perder o emprego, os direitos e as conquistas.
A reunião contou com a presença de dirigentes dos sindicatos de São Paulo, Rio e Bauru e também dos presidentes da CTB, Adilson Araújo, e CGTB, Ubiraci Dantas de Oliveira, o Bira.
“A categoria é acostumada aos combates e está com disposição redobrada de luta contra a privatização e também em defesa das suas conquistas e direitos”, observou o presidente da CTB. “Viemos aqui demonstrar nossa ativa solidariedade e defender a mais ampla unidade da classe trabalhadora e das forças democráticas e progressistas em defesa do patrimônio público, da soberania nacional e dos direitos da classe trabalhadora, que para nós são sagrados”, acrescentou.
Os Correios são uma das empresas estratégicas que o governo Bolsonaro tenciona entregar aos grandes capitalistas, na busca insana do chamado Estado mínimo advogado pela seita neoliberal, que tem em Paulo Guedes um pastor fundamentalista.
Durante a reunião dos trabalhadores, o jornalista Umberto Martins, assessor da Presidência da CTB, fez uma breve exposição sobre o conteúdo do seu livro “O golpe do capital contra o trabalho”, cuja segunda edição foi lançada no final do ano passado.
“A obra trata precisamente da ofensiva do capital contra o trabalho inaugurada pelo golpe de 2016. Um golpe que, a pretexto de combater a corrupção, impôs uma agenda reacionária centrada na destruição dos direitos trabalhistas e previdenciários, a entrega do patrimônio público e a redução dos investimentos em educação, saúde, cultura, ciência e infra-estrutura”, afirmou o jornalista.
Martins destacou que só com muita unidade e luta, sob a liderança da classe trabalhadora, o povo brasileiro logrará reverter o quadro de retrocesso e obscurantismo que caracteriza a atual conjuntura, defender as estatais, barrando o programa de privatizações, o emprego, os direitos e resgatar um projeto nacional de desenvolvimento fundado na democracia, na soberania e na valorização do trabalho.