Por Renato Rovai
O escândalo envolvendo o sopa de letrinhas que comanda a Secom de Bolsonaro, Fábio Wajngarten, é do tipo mais amador que existe, eu te pago pelo governo e você contrata a minha empresa.
O escândalo envolvendo o sopa de letrinhas que comanda a Secom de Bolsonaro, Fábio Wajngarten, é do tipo mais amador que existe. O dono do cargo no poder público mantém uma empresa na iniciativa privada com um laranja e pede pra que aqueles que ele contrata, façam contratos com a sua empresa, da qual ele não faz mais parte.
Não é algo novo. Muito pelo contrário, é corrupção sem nenhum nível de sofisticação. E de alguma maneira mostra o nível do governo Bolsonaro. São burros até para isso, o que não surpreende depois do que já se sabe do esquema de laranjas e lavagem de dinheiro de Flávio Bolsonaro.
Mas o escândalo está sendo tratado como se não fosse um imenso batom na cueca tanto pelo governo, quanto pela mídia. E por que a mídia, com exceção da Folha, não repercute o assunto? Por que o Jornal Nacional não deu um mísero segundo para tratar do assunto? Por dois motivos. O primeiro, muitos ou quase todos, são cúmplices. Fazem este tipo de esquema para receber verbas de governos. O segundo, porque Bolsonaro tem governado com uma mão no bolso e outra na faca. Para os bons amigos da imprensa, dinheiro. Para os outros, a violência e a perseguição. E conseguiu com isso até um certo comedimento da Globo, que com o PT no governo era muito mais violenta.