A partir das denúncias sobre a água escura e de gosto ruim que está chegando a diversas localidades do Rio de Janeiro, a Cedae informou que técnicos detectaram a presença de uma substância produzida por algas. A Companhia disse ainda que não há risco para a saúde e que a água pode ser consumida.
Porém, ainda há muitas dúvidas sobre os riscos para quem consumir essa água. É importante que a Cedae tenha transparência para tratar deste caso e apure a fundo a qualidade dessa água que está chegando à casa de milhares de pessoas.
Essa água precisa passar por diversos processos para testar sua qualidade, como filtragem, para posterior desinfecção, e correção do PH. A situação é muito seria, pois é a saúde da população que pode estar em risco, principalmente com a parte mais frágil, como a mulher que está com um mês de gravidez, quando o feto que ela carrega no ventre é composto por 93% de água. Ou para a mulher que amamenta, já que o leite materno é composto por 88% de água. A população aguarda mais informações que realmente garantam a qualidade desta água.
Processo de desmonte
Infelizmente, a Cedae vem passando por um processo de tentativa de desmonte, preparando-a para ser privatizada pelo atual governo. Ainda no ano passado, a Companhia demitiu mais de 70 engenheiros experientes. Além disso, a falta de concurso público tem feito com que a empresa diminua seu corpo de funcionários e muitos técnicos qualificados deixaram a empresa através do Programa de Demissão Voluntária (PDV). Esse processo de desmonte também é responsável pela demora na solução de muitos problemas, como os constantes rompimentos de tubulações. A consequência disso é a dificuldade no atendimento e melhoria do serviço prestado para a população.
Recentemente, a Cedae teve sérios problemas na prestação de serviços de manutenção devido à mudança de empresas terceirizadas que trouxeram enormes prejuízos para a população. Por tudo isso, defendemos uma Cedae forte, pública, estatal e indivisível, que possa atender com qualidade toda a população do Rio de Janeiro. Para isso, precisamos de investimentos e abertura de concurso público, de forma a atender ao Estado por completo.
Diretoria do Sintsama-RJ