O ministro do TST Ives Gandra Silva decidiu impor uma multa estratosférica a nove sindicatos e à Federação Única dos Petroleiros (FUP) como punição pela greve da categoria realizada nos dias 25 e 26 de novembro: R$ 32 milhões. É mais uma ofensa ao direito de greve consagrado na Constituição brasileira.
Como as entidades não possuem este dinheiro, ele determinou o bloqueio de mais de R$ 5 milhões disponíveis nas contas bancárias das entidades retaliadas e a transferência das mensalidades sindicais descontadas em folha pela Petrobras para uma conta judicial.
Durante a campanha presidencial do ano passado o juiz fez questão de declarar publicamente seu apoio ao líder da extrema direita Jair Bolsonaro, com quem parece comungar o mesmo ideal neofascista de destruir os sindicatos, organizações criadas pela classe trabalhadora para lutar contra a exploração capitalista e por direitos sociais.
É dele esta frase preciosa para o capital mas falsa como nota de sete reais: “é necessário reduzir direitos do trabalhador para garantir empregos”. Foi a conversa fiada disseminada pela burguesia para justificar a reforma trabalhista do governo Temer e o congelamento dos gastos públicos. Deu em redução de direitos e precarização do mercado de trabalho, emprego que é bom, neca.
Veja abaixo o documento encaminhado à Petrobras com o propósito de estrangular financeiramente nove sindicatos dos petroleiros e a FUP.