Com lucratividade bilionária e cada vez mais crescente, o setor bancário não pensa duas vezes na hora de reduzir custos. E a mão de obra é o alvo principal. De janeiro a setembro, os bancos fecharam 3.328 postos de trabalho. Desde 2013, foram encerradas 63.934 vagas na categoria.
Se observado apenas o mês de setembro, as empresas eliminaram 1.928 empregos bancários. O saldo negativo foi impactado, sobretudo, pelos PDVs (Planos de Demissões Voluntárias) do Bradesco e Itaú.
Os estados mais atingidos pelos cortes foram Rio de Janeiro (-1.177 postos), Rio Grande do Sul (-852 postos) e Distrito Federal (-725 postos).
Pelo recorte por idade, no acumulado de janeiro a setembro, houve queda de postos de trabalho para todas as faixas etárias acima de 30 anos, com destaque para quem tinha de 50 a 64 anos, com fechamento de 6.909 vagas.
Somente a faixa de 18 a 29 anos teve saldo positivo, com geração de 9.547 empregos. Na verdade, é uma estratégia. Demite-se quem ganha mais para contratar jovens com menores salários.
A remuneração média dos admitidos até 29 anos é de R$ 3.344,56. Bem menor do que a dos demitidos com mais de 30 anos, de R$ 8.054,90, ou 141% superior aos salários do que recém-contratados com idade inferior a 30 anos.
As informações estão no levantamento do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), com base nos dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), do Ministério do Trabalho e Emprego.