A empresa norueguesa Hydro Alunorte, em Barcarena no Pará, sofreu embargo em 50% de suas atividades de instalação e comissionamento da área de depósito de resíduos sólidos – DRS2. As atividades foram suspensas em 1° de março de 2018, após um embargo judicial por denúncias de vazado lama vermelha e forte impacto ambiental.
A empresa, desde o início, afirmava que não houve vazamento de lama, e sim, o bombeamento de água represada de chuva.
Denúncias estás que embasaram o embargo e a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito – CPI, na Assembléia Legislativa do Estado do Pará – ALEPA.
À época, a empresa anunciou demissão em massa. O Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Químicas de Barcarena, no Pará, (SindQuímicos), barrou na Justiça as demissões de trabalhadoras e trabalhadores pretendidas pela refinaria norueguesa Hydro Alunorte.
A decisão judicial foi publicada em 12 de março de 2018, pelo Tribunal Regional do Trabalho da 8ª Região, Abaetetuba, garantindo a estabilidade no emprego de vários país e mães de famílias. Uma vitória extraordinária do Sindicato e da categoria química.
A volta de operações com carga máxima da DRS 2, representa o fim de longos 19 meses de muitas luta, de espera, de momentos tensos de muita expectativa para os trabalhadores e trabalhadoras e seu sindicato, que conviveram durante todo esse tempo com o fantasma do desemprego. E centena de profissionais foram prejudicados em função desses embargos.
O SindiQuímicos, com o apoio da CTB Pará, esteve todos os dias desse embargo lutando pela manutenção dos postos de trabalho da sua categoria, defendendo os trabalhadores, o meio ambiente e as comunidades adjacentes da planta da empresa no pólo industrial de Barcarena.
“Esperamos que essa situação esteja solucionada e que não haja prejuízos aos pais e mães de família que dependem de seus empregos para o sustento de suas famílias”, disse Manoel Paiva, secretário geral do SindiQuímicos.
Para Paiva, agora é “arregassar as mangas e voltar a colocar a empresa no banking de maior produtora de Alumina do mundo. Sempre colocando como pilar de sustentação do negócio o tripé: Segurança, Saúde e Meio Ambiente”. reafirmou Manoel Paiva, que também é Diretor Segurança, Saúde e Meio da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil – CTB/Pará.
Para Gilvandro Santa Brígida, presidente do SindiQuímicos, é um recomeço, e tudo o que aconteceu, sirva como lição para que o tempo todo se mantenha a vigilante e garantindo um ambiente de trabalho saudável a todos e todas dentro da fábrica e as comunidades adjacentes.
Para os dirigentes do SindiQuímicos e CTBistas, Gilvandro e Paiva, o momento
é de concentrar esforços junto a empresa para garantir o acordo coletivo de trabalho. Momento que os dirigentes da Hydro Alunorte, possam demonstrar compromissos com os trabalhadores e trabalhadoras e feche o melhor acordo de toda a história da Hydro Alunorte, “para coroar esse novo momento”, ressalta Manoel Paiva, secretário Geral do SindiQuímicos diretor da CTB/Pará.