Os trabalhadores e trabalhadoras dos Correios não tiveram outra alternativa senão decretar em todo país a greve geral em defesa de suas conquistas e direitos e contra a privatização da empresa, que se for consumada sacrificará os interesses de toda a sociedade para saciar a ganância insaciável dos grandes grupos capitalistas.
Conforme enfatizou o secretário de Formação da CTB, Ronaldo Leite, ex-presidente do Sindicato dos Correios do Rio de Janeiro, “durante mais de 3 meses os sindicatos vinham tentando negociar o Acordo Coletivo com os Correios, sem sucesso. A proposta da direção da empresa foi de 0,80% de reajuste e retirada de cláusulas históricas de adicional noturno, férias, ticket alimentação e plano de saúde”.
Na opinião de Adilson Araújo, presidente da CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil), “os Correios são um patrimônio histórico do povo brasileiro, uma empresa estratégica para o desenvolvimeno nacional. Não podemos permitir que o plano de sua privatização anunciado pelo governo Bolsonaro seja consumado. Ao mesmo tempo em que defende os legítimos interesses, direitos e conquistas trabalhistas, a greve dos companheiros e companheiras dos Correios defende igualmente os interesses mais gerais da sociedade, a soberania nacional”, ressaltou.
Por estas razões, nesta quarta-feira (11) os trabalhadores lotaram as assembleias e aprovaram, com entusiasmo e aos gritos, a proposta de GREVE. Na tarde desta quarta-feira (11) os líderes do movimento informaram que a paralisação tinha abrangido pelo menos 23 estados e o Distrito Federal.