Em busca da unidade na luta em defesa das estatais, dos empregos e do patrimônio público, o Sindicato e a Federação tomaram a iniciativa de convocar os Sindicatos de categorias estatais ameaçadas de privatização, centrais sindicais, partidos e movimentos sociais para definir ações unitárias.
A reunião foi realizada na sede do Sintect-SP nessa quarta-feira, 11 de setembro, no primeiro dia da greve nacional dos trabalhadores dos Correios contra a intransigência na negociação e os ataques da direção da ECT e do governo ao Acordo Coletivo de Trabalho.
O fato dela ocorrer por iniciativa de uma categoria mobilizada e em greve deu força ao chamado e garantiu participação foi expressiva.
O debate girou em torno da produção de materiais de divulgação unitários e da realização de uma plenária intercategorias e uma manifestação com passeata dos trabalhadores das estatais ameaçadas pelos governos federal, estadual e municipal e demais categorias, pois a luta em defesa das estatais e do patrimônio público é de todos.
Esclarecer e mobilizar a população
Vários companheiros focaram na importância de esclarecer, mobilizar e envolver a população para dar força ao movimento. Igualmente importante é integrar parlamentares e os movimentos sindical e popular. Com todos atuando juntos, é possível dialogar com os trabalhadores e com a população em geral, levar esclarecimentos nos locais de trabalho, nos bairros e centros de transporte público e criar uma grande mobilização.
Os materiais a serem produzidos conjuntamente devem ser de propaganda em defesa das estatais. O caráter precisa ser plural e amplo, com esclarecimentos à população quanto ao prejuízo que a privatizações de cada uma das estatais ameaçadas trarão a todos.
Frente ampla em defesa das estatais e serviços públicos
Outra ideia debatida foi ampliar a Frente Nacional, organizada a partir de Brasília com parlamentares, partidos e organizações sindicais e populares, criando a Frente Estadual São Paulo em defesa das estatais e dos serviços públicos.
Além das privatizações anunciadas pelo governo federal, há inúmeros ataques em São Paulo contra estatais, serviços públicos e autarquias.
Na capital, por exemplo, o governo atua para vender Interlagos, Anhembi, serviço funerário, entre outros, além de terceirizar fortemente a educação e a saúde públicas. No âmbito estadual, entre os inúmeros ataques do governo aos serviços públicos, foi lembrado a investida contra a Imprensa Oficial, que está sendo desmontada para dar espaços a empresas privadas, a exemplo do que estão fazendo com os Correios.
Participação e representatividade
Participaram da reunião representantes da Findect e da Fentect, dos Sindicatos dos Trabalhadores dos Correios de São Paulo e do Rio de Janeiro, das Centrais CTB, CUT, CSP Conlutas e Intersindical, do PCdoB, do gabinete da Deputada Estadual Leci Brandão e dos Sindicatos dos Eletricitários, dos Petroleiros do Litoral Paulista, da Federação Nacional dos Petroleiros, do Sintaema, dos Jornalistas de São Paulo, da Fenaj e do Sindsep (Servidores Municipais de SP).
Resistir e lutar
Foram anunciadas 17 estatais que Bolsonaro e Guedes querem entregar de mão beijada aos interesses do capital privado, o que com certeza acarretará grandes prejuízos à população, que depende dos serviços prestados, assim como aos trabalhadores e trabalhadoras dessas empresas, com a possibilidade de demissões em massa, além da perda de direitos conquistados à duras penas.
A resistência é uma necessidade, uma tarefa histórica colocada para os trabalhadores e suas entidades representativas frente a um governo entreguista, explorador e autoritário.
Por isso o Sintect-SP e a Findect tomaram a iniciativa de chamar a unidade de todos que defendem um país livre, soberano e com desenvolvimento. A reunião foi o primeiro e decisivo passo para as ações e a mobilização que virão.
Fonte: Sintect – SP