Motoristas e cobradores realizaram manifestações e paralisações parciais desde quinta-feira (5) em São Paulo. A categoria se rebelou contra a proposta de “reestruturação” do setor anunciado pelo prefeito tucano Bruno Covas, que inclui substancial redução da frota e demissão em massa de cobradores e motoristas. Os trabalhadores reagiram em defesa do emprego, exigindo a preservação dos cobradores e cobraram também o pagamento da PLR (Participação nos Lucros e Resultados).
Na tarde desta sexta (6) motoristas e cobradores decidiram retornar ao trabalho, depois que o prefeito do PSDB achou preferível recuar frente à pressão da categoria, que exerce uma função estratégica na economia paulistana e provoca sérios gargalos no transporte urbano quando deixa de circular.
A proposta de restruturação do sistema de transporte do governo municipal poderia resultar no aumento do desemprego, precarização do trabalho, maior tempo de espera nos pontos e lotação nos veículos, além da elevação do valor das passagens cobrada aos usuários.
O presidente da CTB, Adilson Araújo, participou da assembleia da categoria nesta sexta-feira (6) e manifestou a ativa solidariedade da Central à luta dos condutores em defesa do emprego e contra os planos do prefeito, que além de destruir os postos de trabalho de cobradores e motoristas, com a redução da frota, vai sacrificar o povo paulistano com tarifas mais altas e superlotação dos ônibus.
“A vitória dos condutores mostra que com a luta podemos barra retrocessos e fazer valer a vontade do povo trabalhador, que constitui a grande maioria da nação brasileira”, comentou.