As centrais sindicais e os movimentos sociais intensificam nesta semana as manifestações contra a reforma da Previdência do governo Bolsonaro, que aumenta o tempo de trabalho e de contribuição e reduz o valor dos benefícios para quem vai se aposentar, um retrocesso considerado infame e inadmissível pelas lideranças da classe trabalhadora. A proposta deve ser votada em segundo turno na Câmara dos Deputados até a próxima quinta (8).
Segunda (5) e terça-feira (6) são dias de atos nos aeroportos com o objetivo de pressionar e sensibilizar os parlamentares a rejeitar as mudanças propostas que sacrificam direitos e interesses dos trabalhadores e trabalhadoras. Os sindicalistas recepcionarão os deputados nos estados, na hora do voo, e na chegada a Brasília.
Também na segunda-feira (5), a partir das 18h, a Frente Povo Sem Medo lidera uma manifestação no vão do Masp, na Avenida Paulista, em São Paulo, com o mote “Ditadura Nunca Mais – Bolsonaro, não temos medo de você”.
“Bolsonaro quer intimidar a sociedade e atacar quem resiste. Ao mesmo tempo em que ataca direitos conquistados na Constituição de 88, como a Previdência Pública e a autonomia universitária, além de comprometer a soberania nacional”, afirma a Frente na página no Facebook que convoca para a mobilização de hoje.
A batalha não se encerra na Câmara, onde a aprovação é dada como certa depois da votação da matéria em primeiro turno. A PEC será encaminhada ao Senado, onde também demanda votação em dois turnos com quórum qualificado e a oposição, liderada pelo senador Paulo Paim, promete muita luta para reverter as maldades embutidas na proposta aprovada na Câmara.
As lideranças estão apostando em grandes mobilizações no dia 13 de agosto, quando deve ocorrer a greve nacional de professores e estudantes contra os cortes no orçamento da União para a Educação e a reforma da Previdência, bem como a tradicional Marcha das Margaridades em Brasília.