A população de baixa renda é a que mais sente os efeitos perversos da política de austeridade. Com o custo de vida cada vez mais elevado e sem saída, muita gente acaba recorrendo ao cheque especial. Um caminho perigoso que pode deixar o cidadão ainda mais enrolado, já que os bancos não costumam aliviar na cobrança dos juros.
A maioria das pessoas (44%) que está cheque especial tem renda de até dois salários mínimos. Outros 33,5% têm entre dois e cinco salários. Entre mais de cinco até 10 salários mínimos são 13,8% e acima de 10 salários mínimos são 8,8%. Os dados são do Banco Central.
O cheque especial tem uma das taxas mais elevadas do mercado. Média de 312,6% ao ano. Em dezembro de 2018, o valor devido na modalidade era de R$ 21,98 bilhões.
O valor médio de utilização foi de cerca de R$ 1.310,00 e a taxa de inadimplência, de 15,36%. O gasto médio mensal com juros ficou em R$ 136,00. Por isso, o brasileiro deve fugir da modalidade de crédito, independentemente de renda.
Com informações de bancariosbahia.org.br