Depois do sucesso do ato do último dia 15, as ruas de Salvador foram tomadas novamente, nesta quinta-feira (30/05), em um novo protesto contra os cortes do governo Bolsonaro na educação. Cerca de 70 mil pessoas estiveram na passeata, que saiu da praça do Campo Grande e seguiu até a Castro Alves.
Além da crítica aos cortes de 30% do orçamento das universidade e institutos federais, os manifestantes também condenaram a postura do presidente em relação ao último protesto, em que disse que os estudantes eram ‘idiotas úteis’. Um dos inúmeros cartazes dizia: ‘Idiotas úteis na rua contra os idiotas inúteis’.
O presidente da União dos Estudantes da Bahia (UEB), Natan Ferreira, pediu respeito aos estudantes e avaliou que a adesão do povo a esse segundo ato revela a insatisfação crescente com a condução de Bolsonaro no governo. “Estamos mostrando para o Brasil o grande tsunami da educação baiana. Bolsonaro, respeite a educação brasileira”, disse.
Na linha de frente da mobilização, estiveram as entidades do movimento estudantil, os sindicatos e associações ligados à educação. O PCdoB também apoiou o ato e o presidente estadual do partido, Davidson Magalhães, avaliou que a atividade em Salvador serviu de resposta aos apoiadores de Bolsonaro, que foram, no domingo, ao Farol da Barra manifestar apoio ao presidente.
“Aqui [na manifestação desta quinta-feira] está de 7 a 1 contra aqueles que foram às ruas para defender a ditadura e o fim da democracia brasileira. O povo da Bahia está dando a resposta”, afirmou Davison Magalhães.
A deputada estadual Olivia Santana (PCdoB) também esteve no ato e destacou o caráter suprapartidário da manifestação. “Temos que ter bem estabelecido que esse é um movimento de todas e todos que defendem o Brasil e a educação como um bem. Não podemos perder para os robôs de Bolsonaro, pra fake News”, disse.
Esquenta
As duas manifestações contra os cortes na educação, desta quinta e do último dia 15, são preparatórias para a greve geral, que pretende paralisar o Brasil no próximo dia 14 de junho, em resposta ao governo Bolsonaro. Na pauta da greve geral, estão, principalmente, críticas à reforma da Previdência.