Durante a tarde desta terça-feira (28) lideranças da Conam (Confederação Nacional das Associações de Moradores), CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil) e Facesp (Federação das Associações Comunitárias de São Paulo) promoveram uma coleta de assinaturas para o abaixo assinado contra a reforma da Previdência proposta por Jair Bolsonaro e Paulo Guedes.
Em poucas horas mais de mil assinaturas foram colhidas, o que traduz “uma adesão muito boa”, na avaliação de Antonio Pedro de Souza, o Tonhão, dirigente da Conam. “O povo já está bem consciente do significado desta proposta”, argumentou.
“Foram pouquíssimos os que se manifestaram a favor de Bolsonaro e da reforma e ouvimos muitas reclamações de pessoas que votaram nele e se sentem enganados, uma vez que na campanha ele criticou a reforma da Previdência do Temer e agora apresenta uma proposta que é bem pior para a classe trabalhadora”, observou.
O próprio Bolsonaro já disse que a reforma que pretende impor é antipopular e só insiste nela porque é “obrigado”. Agora cabe perguntar: obrigado por quem, cara pálida, se a maioria do povo é contra? A resposta óbvia é que ele está agindo como um serviçal dos banqueiros, que emplacaram o ministro da Economia (Paulo Guedes), dos empresários (que não vão mais contribuir para a Previdência se a reforma for aprovada), dos grandes proprietários rurais, dos oligarcas da mídia e das transnacionais, integrantes das classes sociais que apoiaram sua campanha. O povo que nele votou está sendo ludibriado.
A ação promovida pela militância da CTB ocorreu diante da Estação Capão Redondo do Metrô, na periferia da Zona Sul, linha Lilás. O abaixo assinado integra o cronograma de mobilização e conscientização que antecede a deflagração da greve geral contra a reforma em 14 de junho e deve ser encaminhado às lideranças do Congresso Nacional no curso do próximo mês.