Os condutores de São Paulo, em campanha salarial, realizaram uma assembleia massiva na tarde de quinta-feira (16), com cerca de 8 mil trabalhadores no CMTC Clube. A categoria recusou a proposta de acordo feita pelos patrões e ingressou em estado de greve, indicando que São Paulo pode parar na próxima quarta-feira (21) se os empresários mantiverem a intransigência em relação à sua pauta de reivindicações.
Motoristas e cobradores também decidiram participar da greve geral convocada pelas centrais sindicais para 14 de junho em defesa das aposentadorias e contra a reforma da Previdência proposta pelo governo Bolsonaro. Isto significa que a capital paulista vai ficar sem transportes no dia da paralisação, pois os metroviários resolveram ir pelo mesmo caminho.
Os transportes são um ramo estratégico da economia nacional, cuja paralisação afeta todos os setores e ramos de atividade. Funcionam como uma espinha dorsal de uma greve geral, de modo que sua participação no movimento é quase uma garantia de pleno êxito.
Para preparar a greve geral está sendo articulada uma Plenária do Setor de Transporte do Estado São Paulo para o dia 27 de maio no Sindicato de Metroviários. O tema também será debatido em âmbito nacional durante o lançamento da Frente Parlamentar Mista em Defesa dos Trabalhadores em Transporte em Brasília, no dia 5 de junho, que também terá por foco a preparação e a mobilização nacional para a greve das centrais sindicais e movimentos sociais em 14 de junho.