Pelo menos cinco parlamentares da oposição consultaram a mesa diretora sobre a possibilidade de pedir a cassação do filho do presidente
A denúncia do Ministério Público do Rio de Janeiro sobre indícios de fraudes financeiras do senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) começa a ter desdobramentos. Senadores já se articulam para apresentar uma representação contra o filho do presidente no Conselho de Ética da Casa.
O MP pediu a quebra do sigilo bancário de Flávio por suspeitas de irregularidades. Pelo menos cinco parlamentares da oposição consultaram a mesa diretora sobre a possibilidade de pedir a cassação do filho do presidente.
O colegiado pode rejeitar o processo. O que vai acontecer no futuro vai depender da articulação do governo. O Conselho de Ética do Senado ainda não foi instalado.
Lavagem
O MP-RJ apurou indícios de lavagem de dinheiro nas transações imobiliárias de Flávio, à época em que era deputado estadual pelo Rio.
De acordo com os promotores, o filho de Bolsonaro lucrou R$ 3,08 milhões com compra e venda de imóveis entre 2010 e 2017, quando adquiriu 19 apartamentos e salas comerciais pelo valor de R$ 9,4 milhões.
Fonte: Forum
Sobre o mesmo tema, onde se revela a farsa do Clã Bolsonaro, hoje no poder graças a um falso moralismo (em que, ao lado da homofobia e do racismo, destacava-se o combate à corrupção), o jornalista Fernando Brito fez o seguinte comentário no Blob Tijolaço:
Família de ex-madrasta pagava para Flávio nomeá-la, diz Época
Parece terem-se aberto as portas do chiqueiro funcional do gabinete do “Filho 01”, Flávio Bolsonaro na Assembleia Legislativa do Rio.
Ontem, já havia sido mostrado que ele (e o pai) contratavam nada menos que 13 parentes de sua ex-mulher e madrasta
Agora, a Época revela – diz que tem gravações de pelo menos dois deles – que estes eram “laranjas” que devolviam 90% do que recebiam pelo cargo a Flávio.
Em O Globo, Bela Megale fala de outra frente de “coleta” de recursos: Fabrício Queiróz cuidaria de ficar com dois terços do valor dos cargos de militares colocados à disposição do gabinete do então deputado.
É o “toma de lá e me dá para cá” escancarado.
De lá dos EUA, o pai “machão” não desmente os fatos, mas faz bravata:
— Agora, estão fazendo esculacho em cima do meu filho. Querem me atingir? Venham para cima de mim! Querem quebrar meu sigilo, eu sei que tem que ter um fato, mas eu abro o meu sigilo. Não vão me pegar.
Acho que vão, Jair…