“A politização da classe trabalhadora é o caminho para enfrentar e sair dessa situação miserável que o país vive e que no fundo é consequência e expressão da crise geral do capitalismo”. Foi o que afirmou o presidente da CTB, Adilson Araújo, em palestra no VI Congresso Internacional do Direito Sindical, realizado em Fortaleza (CE) nos dias 9 e 10 de maio.
Promovido pelo Forum das Centrais Sindicais do Ceará, o Grupo de Estudos em Direito e Processo do Trabalho da UFC e Excola, com o apoio do MPT e Conalis, o evento reuniu dirigentes das centrais sindicais, empresários, juristas, procuradores e outros especialistas em questões relacionadas ao movimento sindical e direito trabalhista.
O presidente da CTB participou da mesa cujo tema foi a “Politização dos trabalhadores”, que em sua opinião deve ser uma preocupação permanente dos sindicalitas classistas. “É um problema candente hoje, pois é na política, muito mais do que na esfera econômica-sindical por reivindicações pontuais, que se travam atualmente as batalhas mais decisivas entre capital e trabalho. É o caso da reforma trabalhista, do congelamento dos investimentos e corte dos gastos públicos, do direito à aposentadoria, da terceirização e das privatizações”, ponderou.
Na concepção classista, segundo Araújo, os sindicatos devem ser escolas da luta de classe e centros de formação da consciência de classe. “Conscientizar e politizar é o nosso maior desafio. O problema é que nesta tarefa de conscientização da classe, que é o pressuposto da politização, enfrentamos os monopólios da mídia, que desempenham o papel inverso, promovendo diariamente uma campanha de criminalização da política e de alienação do nosso povo, com a difusão massiva de uma ideologia falsa e reacionária. Trata-se de uma autêntica lavagem cerebral”.
“Eles têm meios poderosos, travamos uma luta desigual como a de Davi contra Golias, mas temos a nosso favor a verdade, ao passo que nossos inimigos se valem de Fake News, ainda que sutis, e tentam incutir na população uma imagem invertida da realidade. Por isto temos de persistir e redobrar nossos esforços para abordar os trabalhadores nos locais de trabalho e de lazer, nos bairros e residências, pois como diz o ditado: água mole em pedra dura tanto bate até que fura. Com trabalho e determinação acabaremos alcançando nossos objetivos”, finalizou.