Dirigentes de todas as centrais sindicais brasileiras estiveram reunidos nesta sexta-feira (10) na sede do Dieese, em São Paulo, para debater o apoio e a participação na paralisação nacional da Educação, convocada para a próxima quarta-feira, 15 de maio, bem como a mobilização para a greve geral contra a reforma da Previdência de Bolsonaro, que será realizada em 14 de junho. O clima entre os sindicalistas é de unidade e otimismo.
“Estou muito animado com a mobilização dos sindicatos em São Paulo e outras regiões e estados”, exclamou o secretário geral da CTB, Wagner Gomes, que esteve presente na reunião das centrais. Líderes dos trabalhadores em transportes, que desempenham um papel estratégico nas greves gerais, realizarão uma plenária em São Paulo, cuja data ainda não foi definida, para definir a participação de suas categorias no movimento e a expectiva é de uma adesão gereralizada. “Não ouvi de ninguém do ramo ressalvas ou divergências com a proposta”, disse Gomes, que é metroviário. O tema também será pauta da Plenária Nacional dos Transportes que será realizada em 6 de junho no Distrito Federal.
Atos no dia 15
Os sindicalistas decidiram que as centrais vão reforçar as manifestações que serão realizadas pelos educadores na quarta-feira (15), concomitantemente à greve nacional. Em São Paulo o ato ocorrerá à tarde no Masp, localizado na Avenida Paulista. A paralisação na Educação também ganhou força após o anúncio de cortes no orçamento das universidades, que em alguns casos (como o da Universidade Federal da Bahia) alcança 50%.
A coleta de assinaturas para o abaixo assinado em defesa das aposentadorias e contra a refroma da dupla Bolsonaro/Guedes deverá ser intensificada pelos sindicatos. O documento será entregue ao presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, antes ou imadiatamente após a greve geral. As centrais vão bater o martelo sobre a data numa próxima reunião antes de junho.
Os dirigentes das centrais também se reuniram com lideranças das Frentes Brasil Popular e Brasil Sem Medo para “alinhar a condução e o encaminhamento das mobilizações que vão desaguar na greve geral”, conforme o secretário geral da CTB. Serão realizadas plenárias unificadas nos estados para preparar a paralisação, que tende a ser uma das maiores da história do movimento sindical brasileiro.