Por João Martins*
Não tem como negar a história. Há fatos, relatos e farta documentação comprobatória de que o nazismo nasceu de concepções da extrema-direita alemã e tinha como meta a liquidação de todas as ideias comunistas ou socialistas. A idiotice do capitão Bolsonaro e de seu maluco ministro das Relações Exteriores só pode e deve ser enxergada sob as seguintes óticas (fica a cargo do leitor): ou é má fé ou burrice (alguns apelidam a segunda opção de despreparados intelectualmente) ou ainda uma mistura de ambos.
Hitler, após assumir o poder, já indica às cúpulas das forças armadas alemãs que pretendia, “em primeiro lugar, liquidar o ‘veneno’ representado pelo ‘pacifismo, marxismo, bolchevismo’”.
Goring, fundador da Gestapo e comandante chefe da Luftwaffe, força aérea alemã, afirmava em relação aos comunistas/socialistas e ao bolchevismo: “Não só aniquilaremos essa peste, arrancaremos de todo livro a palavra marxismo. Em cinquenta anos na Alemanha a nenhum homem será lícito saber o que o termo significa”.
Goebbels, o poderoso ministro da propaganda, acrescentava, pouco antes da operação Barbarossa: “O bolchevismo está morto. Desse modo cumpriremos diante da história a nossa tarefa autêntica… O veneno bolchevique deve ser expulso da Europa…Agora aniquilamos realmente aquilo contra o que combatemos durante toda nossa vida. Falo sobre isto com o Führer, e ele está completamente de acordo comigo”.
A história registra, também, o aniquilamento sistemático dos quadros comunistas e socialistas decidido por Hitler na véspera da operação Barbarossa.
Em 1941, os alemães capturaram 3 milhões de prisioneiros soviéticos. Em fevereiro de 1942, dois milhões desses prisioneiros estavam mortos, em sua grande maioria de fome, de doenças, torturas e maus tratos. Os suspeitos de serem comunistas foram os primeiros a serem executados ou torturados.
*Ex-deputado estadual pelo PCdoB/ES