Reforma da Previdência: um agrado aos bancos

O sistema financeiro é forte apoiador da reforma da Previdência. As declarações dos presidentes dos três maiores bancos privados do país reforçam que a intenção é acabar com o direito à aposentadoria pública para lucrar mais com o modelo de capitalização, proposto pelo governo Bolsonaro.

O presidente do Bradesco, Octavio de Lazari, afirmou que “o governo precisa focar absolutamente nessa reforma”. Ainda disse que “a gente tem que lutar pelo projeto da forma como foi escrito”.

Já o presidente do Santander, Sérgio Rial, falou, em janeiro, que as novas regras para a aposentadoria devem contribuir para o crescimento sustentado do país. Para o presidente do Itaú, Candido Bracher, “a dimensão da reforma da Previdência está correta”. Absurdo.

As mudanças são totalmente prejudiciais aos brasileiros. Hoje, a Previdência Social é financiada por contribuições do governo, empresas e trabalhadores, sendo que as aposentadorias, pensões e benefícios de quem está fora do mercado de trabalho são pagas pelos que estão na ativa. O sistema é chamado de regime de repartição tripartite.

Pela PEC 6/2019, o modelo individual de capitalização deve ser administrado por entidades privadas ou públicas, ou seja, bancos. Cada trabalhador será responsável por administrar a própria poupança individual, e sem aportes patronais.

 

Fonte: bancariosbahia.org.br

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