Dia Nacional de Luta supera expectativas e anuncia greve geral

A sexta-feira, 22 de março, Dia Nacional de Luta contra a reforma da Previdência do governo Bolsonaro, superou as expectativas dos organizadores e foi marcada por manifestações de massa em todo o país. São Paulo madrugou agitada por uma paralisação relâmpago dos ônibus na capital e manifestações em dezenas de cidades, com destaque para o ABC paulista. Em São Bernardo sindicalistas e trabalhadores realizaram uma passeata pela manhã, com concentração diante da Ford para protestar contra a direção da empresa, que anunciou o fechamento da fábrica na cidade, o que significa a destruição de 3 mil postos de trabalho diretos e milhares de outros indiretos. 

 

Os presidentes das centrais reiteraram a decisão de dar continuidade à luta em defesa da Previdência Pública e das aposentadorias, ameaçadas pelo projeto encaminhado por Bolsonaro ao Congresso, cujo maior objetivo é a privatização do sistema previdenciário, uma ambição dos banqueiros.

  

“Vamos continuar mobilizando e vamos construir as condições para deflagração de uma greve geral”, declarou Adilson Araújo, presidente da CTB. “Estou convencido de que podemos e vamos sair vitoriosos desta grande batalha. Derrotamos o propósito de Michel Temer neste sentido e agora repetiremos a dose com a proposta do Bolsonaro e Paulo Guedes, que é ainda mais perniciosa para a classe trabalhadora”.

O Dia de Luta, convocado unitariamente pelas centrais sindicais e considerado exitoso, contou com paralisações de motoristas, professores e outras categorias. Em São Paulo, foi encerrado no início da noite com um ato político que reuniu mais de 60 mil pessoas na Avenida Paulista. Manifestações de protestos, incluindo paralisações, foram promovidas em todas as capitais do país e em cerca de 130 cidades.

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