Teve inicio no último sábado, 24 de fevereiro, e prossegue até o dia 28, em Caracas, capital da Venezuela, a Assembleia Internacional dos Povos. O evento reúne cerca de 400 pessoas oriundas dos cinco continentes e representam mais de 100 movimentos sociais, que manifestam sua solidariedade à “Revolução Bolivariana” e à soberania da Venezuela, ao mesmo tempo em que condenam e denunciam a ingerência do imperialismo norte-americano, que ameaça abertamente com a intervenção militar. O Brasil participa com 30 delegados/as, dirigentes de diferentes organizações e movimentos sociais, incluindo o movimento sindical.
A dirigente Vânia Marques, secretaria de Movimentos Sociais da CTB e trabalhadora rural da Bahia, representa a central na reunião. “Apesar de todo o terrorismo que as mídias oficiais tem disseminado no Brasil”, observou, “o clima aqui é de resistência, segundo venezuelanos com quem tive a oportunidade de conversar. Esse não é o primeiro ataque do imperialismo estadunidense contra o país. Por onde se anda respiramos ares de revolução, nas artes, pinturas, grafites, o patriotismo e o chavismo estão presente nas ruas”.
Segundo Vânia, o primeiro dia do encontro traduziu o forte sentimento de resistência e solidariedade. As falas acenam para uma forte aliança internacionalista dos povos. É preciso enfrentar o avanço do imperialismo de forma organizada, e desmascarar as mentiras que, através da mídia burguesa, espalha pelo mundo a fora.