Até a tarde desta segunda-feira (4) o número de mortos da tragédia de Brumadinho confirmados pela autoridade chegou a 134. 120 foram identificados. Já os desaparecidos somam 199, sendo a cada dia mais remota a possibilidade dos bombeiros encontrarem sobreviventes.
A barragem da Vale rompeu no dia 25 de janeiro, dando lugar a um tsunami de lama que provocou uma destruição ainda incalculável seja do ponto de vista das perdas humanas, que vai para a casa das centenas, quanto do meio ambiente. Plantações, rios, fauna e flora foram tragados pela lama.
A empresa já havia provocado a tragédia de Mariana, mas ninguém pagou pelo crime e a impunidade – garantida por sutis mecanismos de corrupção – estimulou a negligência e a reiteração, em escala ainda maior, da prática criminosa.
A tragédia é o resultado mais palpável da privatização da Vale a preço de banana no governo do tucano Fernando Henrique Cardoso, em 1997. Mas os neoliberais, que voltaram ao poder com o golpe de Estado de 2016 e agora com Jair Bolsonaro, ignoram deliberadamente esta realidade para continuar alardeando que a privatização é a solução para os males da economia brasileira.
Umberto Martins