Desde de novembro, a classe trabalhadora francesa ocupa as ruas contra a agenda neoliberal da gestão de Emmanuel Macron. O primeiro-ministro da França, Édouard Philippe, anunciou nesta terça (04), a suspensão do reajuste do imposto sobre combustíveis que estava previsto para 1º de janeiro.
Denominado movimento dos “coletes amarelos” (Gilets Jaunes, no francês), os protestos tiveram início no dia 17 de novembro com o objetivo denunciar a redução do poder de compra das famílias provocada pelo aumento de impostos sobre o diesel.
A pauta do movimento não se restringia apenas a revogação do aumento, o lema dos manifestantes era a “renúncia de Macron”, e a denúncia da queda do padrão de vida dos franceses sob a gestão neoliberal atual.
Alerta para a criminalização da política
De acordo com análise da Diretoria de Análise de Políticas Públicas da FGV (FGV-DAPP), a eclosão do movimento dos coletes amarelos na França parece estar seguindo os mesmos passos das manifestações que aconteceram em junho de 2013 e a greve de caminhoneiros, de maio de 2018.
A FGV indica que as manifestações que parte de uma organização não partidária reúne pessoas com divergências políticas extremas, tendo como seu principal palco de atuação as redes sociais.
O apoio aos coletes amarelos conseguiu agregar até mesmo os dois extremos do cenário político francês. Divididos em seis grupos – Verde, Amarelo, Marrom, Lilás, Laranja e Azul Claro -, a divisão dos perfis com mais ações de retuítes se mostrou desigual, tendo o grupo Lilás formado por 50,5% dos perfis entre os dias 17 e 26 de novembro.
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Portal CTB – Com informações da agências internacionais