A sessão estava marcada para ocorrer às 9h30 desta terça-feira (13), mas só teve início às 10h45, quando atingiu o quorum mínimo para o início dos trabalhos. Esta já é a terceira reunião feita para discutir e votar o parecer do relator deputado Flavinho (PSC-SP).
“A oposição ao desgoverno de Michel Temer vem bravamente resistindo a mais essa investida contra a educação inclusiva e democrática”, afirma Marilene Betros, secretária de Políticas Educacionais da CTB.
“Para os setores democráticos da sociedade, o projeto visa amordaçar as educadoras e educadores para impedir o desenvolvimento de uma consciência crítica na juventude e de maneira autoritária impor um pensamento dogmático e reacionário”, acentua.
Os fundamentalistas religiosos argumentam que o projeto pretende impedir que os professores “doutrinem” seus alunos. “Se estabeleceu uma hegemonia de uma corrente de pensamento nas nossas academias. Os professores ensinam que o capitalismo faz mal, mas não aprendem o que é metodologia de ensino”, afirma ao G1 o deputado Rogério Marinho (PSDB-RN).
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“Na verdade, o projeto é escola sem diálogo”, ironiza o deputado Pompeo de Mattos (PDT-RS). Afirmação com a qual concorda Marilene. “Querem proibir os docentes de ensinar e debater a realidade, como fazem os governos absolutistas”, diz.
De acordo com o G1, o deputado Delegado Éder Mauro (PSD-PA) chegou ao absurdo de simular a utilização de armas com as mãos e atirar nos manifestantes contrários ao projeto.
Se a leitura do parecer for efetuada, a oposição ainda pode pedir vista do parecer e a votação ser novamente adiada. Até o momento, a leitura não foi efetivada.
O projeto estabelece ainda a fixação de cartazes em pontos das escolas com as proibições pretendidas às educadoras e educadores. “seria cômico se não fosse trágico, acabar com a educação dessa maneira”, finaliza Marilene.
Marcos Aurélio Ruy – Portal CTB. Foto: Dida Sampaio/Estadão