O Fórum Nacional das Mulheres Trabalhadoras das Centrais Sindicais (FNMT) realiza o seminário “Mais mulheres na política”, nesta sexta-feira (31), das 8h30 às 17h, no Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Prestação de Serviço de Asseio e Conservação e Limpeza Urbana de São Paulo (Alameda Eduardo Prado, 648 – Santa Cecília – São Paulo).
Para Celina Arêas, secretária da Mulher Trabalhadora da CTB, o tema é sempre atual, mas “no período eleitoral se torna fundamental nos prepararmos para o embate e unidas elegermos mais mulheres comprometidas com a emancipação feminina”.
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A sindicalista mineira lembra que a legislação eleitoral determina uma cota mínima de 30% de mulheres candidatas, mas que “historicamente muitos partidos têm negligenciado essa cota, com um grande número de candidatas apenas para inglês ver”.
Neste ano, porém, pode ser diferente. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) determinou o respeito ao menos à cota mínima de candidaturas femininas no horário eleitoral gratuito, que começa nesta sexta-feira (31) e que seja destinado ao menos 30% do Fundo Partidário para as mulheres candidatas.
A discussão do seminário passa também pela necessidade de maior mobilização das instituições sindicais para aumentar o número de candidatas, já que neste ano, há menos do que no pleito de 2014.
O TSE informa que 8.435 mulheres, ou 30,7% do total, se candidataram para as eleições de 2018. Menos do que na eleição presidencial de 2014, que foram 31,1% de candidatas. Lembrando que de acordo com o TSE, as mulheres compõem 52,5% do eleitorado e têm o mesmo índice na população brasileira.
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Além disso, na atual legislatura, a representação feminina gira em torno de 10% no Congresso Nacional, com poucas mulheres na assembleias legislativas e nos executivos estaduais. No Executivo nacional, a púnica mulher eleita na história do país foi deposta em 2016.
“Estamos cientes da nossa luta para empoderarmos as mulheres candidatas e aumentarmos a bancada feminina do Congresso e das assembleias legislativas para iniciarmos uma grande mudança na política brasileira e fazermos uma reforma política com participação popular para impedir a opressão sobre os nossos votos e sobre os nossos corpos”, finaliza Celina.
Marcos Aurélio Ruy – Portal CTB