Desemprego no Nordeste explode e alcança 17% nas regiões metropolitanas. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad/IBGE) divulgados na última semana. A estudo ainda aponta que no interior o índice oscila entre 14% e 15%.
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No primeiro trimestre de 2018, houve redução de 1,7 milhão de pessoas ocupadas no Nordeste e de 1,4 milhão no restante do Brasil. Variação negativa de 7,6% nos estados nordestinos e de 1,6% nas demais regiões. Os dados são ainda mais preocupantes. Do total de 2,09 milhões de famílias extremamente pobres surgidas entre 2015 e 2017 no país, 1,51 milhão, ou 72,3%, estão no Nordeste.
De acordo com a economista e consultora Tania Bacelar de Araújo, professora aposentada da Universidade Federal de Pernambuco e ex-diretora da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), o mercado de trabalho nordestino, historicamente, é mais difícil do que nas regiões mais dinâmicas do Brasil.
“Nós temos 28% da população e 14% da economia nacional. Isso gera uma dificuldade estrutural de encontrar oportunidades de inserção na vida produtiva. É uma marca antiga, que deu uma melhorada, mas não mudou em profundidade. Recife e Salvador sempre lideravam as taxas de desemprego no País e isso continua acontecendo.”, resslata a economista.
O desastre ocupacional na região, detalha o economista Felipe Macedo de Holanda, presidente do Instituto de Maranhense de Estudos Socioeconômicos e Cartográficos, resultou na expulsão do mercado de trabalho de 933 mil empregados com carteira assinada e de 662 mil trabalhadores por conta própria.
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Portal CTB – Com informações das agências
Foto destaque: Agência Miséria