Não é demais reiterar que as eleições de outubro serão cruciais para o destino do Brasil e da nossa classe trabalhadora. O momento cobra a elevação da consciência dos trabalhadores e trabalhadoras brasileiras, que hoje sofrem uma ofensiva feroz do patronato e estão sob a ameaça de escravidão.
O golpe promovido pelas classes dominantes já impôs medidas como a reforma trabalhista e o congelamento dos gastos públicos que ofendem profundamente os interesses do povo trabalhador. Dependendo dos resultados do pleito a situação, que sob muitos aspectos já é intolerável, ainda pode piorar.
O candidato da extrema direita, Jair Bolsonaro, em segundo lugar nas pesquisas (atrás apenas de Lula, que os golpistas querem tirar da disputa), promete criar uma carteira de trabalho “verde e amarela”, que se diferencia da atual por não prever direitos trabalhistas, proteção da Justiça ou representação sindical. O assalariado seria constrangido a negociar o contrato de trabalho diretamente com o patrão. Uma barbárie, teríamos a ditadura sem freios do capital.
É triste constatar que entre os apoiadores do militar fascista, que se compraz homenageando torturadores, existem muitos trabalhadores pobres. Ludibriados pelo discurso alienante da mídia, não sabem que estão jogando contra o próprio (e parco) patrimônio.
A consciência de classe é a vacina contra este desvio. É nossa obrigação difundi-la incansavelmente para derrotar Bolsonaro, Alkmin e outros golpistas que querem o retorno da escravidão.
Adilson Araújo
Presidente Nacional da CTB