A festa mais conhecida do Amazonas começa nesta sexta-feira (29) e termina no domingo (1º). Em sua 53ª edição o Festival Folclórico de Parintins no Centro Cultural Amazonino Mendes, conhecido como Bumbódromo, que completa 30 anos de existência, traz em céu aberto muita cor,alegria e cultura. Com Transmissão pela TV Cultura paulista e tevês públicas de todo o país.
O tema do boi Garantido, que adota o vermelho como a sua cor, é “Auto da Resistência Cultural”, enquanto o seu competidor,Caprichoso tem o azul como a sua cor e apresenta a “Brincadeira de São João” como seu enredo.
Cada boi tem 2h30 para se apresentar nas duas noites do festival em que ocorre a disputa, com a esperada presença de mais de 100 mil pessoas para cair na festa. Entre uma apresentação e outra, há um intervalo de meia hora. O festival está previsto para começar às 20h, e deve terminar por volta de 1h30.
O festival
A ideia do festival surgiu, em 1965, pela iniciativa de um grupo da Juventude Alegre Católica para arrecadar dinheiro para a construção da Catedral de Nossa Senhora do Carmo, padroeira de Parintins. Os organizadores garantem que nessa primeira edição desfilaram 22 quadrilhas.
Foi o ano seguinte que o festival ganhou a forma que mantém até hoje e entraram em cena os bois Garantido e Caprichoso. Curiosamente o critério para definir o vitorioso se inspirou em programas de auditório da TV. O boi que recebia mais aplausos era o campeão, nessa edição.
Saiba mais pelo site oficial do festival aqui.
O festival amazonense mais conhecido no país, conta as lendas, os rituais indígenas e os costumes regionais da Amazônia. As toadas apresentadas pelos bois são compostas por letras que exaltam os mitos da floresta.
Dez jurados especialistas em antropologia e folclore decidem o campeão de 2018. São avaliados 21 itens, entre os quais estão desempenho do apresentador, levantador de toadas, marujada, ritual indígena e porta-estandarte. A torcida é outro elemento que conta pontos para os bois que desfilam.
Lenda do Boi
A lenda do Boi, que todos os anos é encenada de forma diferente por cada um dos bois, conta a história da Mãe Catirina. Grávida, Catirina teria sentido o desejo de comer língua de boi, em especial do boi favorito do dono da fazenda onde seu marido, Pai Francisco, trabalhava. Para satisfazer o desejo da esposa, Francisco matou o boi preferido de seu patrão. Quando o patrão descobriu, chamou um médico para confirmar a morte do boi e um padre para trazer o animal de volta à vida. No festival, o padre é representado por um pajé. Com os rituais feitos pelo pajé, o boi viveu novamente e o patrão concedeu o perdão ao Pai Francisco e à Mãe Catirina. A ressurreição do boi é o grande mote da festa. Cada ato dessa lenda é representado durante as noites dos desfiles.
Em três dias, a festa multicolorida ressalta a influência indígena na cultura nacional. Destaca a região Norte para o restante da nação e apresenta a diversidade cultural brasileira no Amazonas.
Portal CTB com agências