Convidado pelo programa Painel, da GloboNews, para analisar quais as perspectivas da operação Lava Jato após a prisão ilegal do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o sociólgo Celso Rocha de Barros deixou a apresentadora Renata Lo Prete atônita com sua análise.
Ele explica que no Brasil do golpe de Estado de 2016, a lei não é para todos como dizem setores da direita. A lei só seria para todos se “o Temer tivesse caído com a prisão do Joesley (Batista, empresário envolvido com Michel Temer), um negócio que teve um preço político para a direita brasileira imenso, se o Eduardo Cunha tivesse caído no processo do impeachment, quando já tinham evidências amplas contra ele, isso teria um peso gigante contra a direita brasileira. E aí a gente poderia comparar com a esquerda, que perdeu um mandato presidencial com a Dilma e um candidato favorito este ano”, disse.
Assista e preste atenção à expressão da apresentadora Renata Lo Prete
Para Barros, a Lava Jato “não teve vitórias políticas” do “impeachment até agora”. Ele afirma que “no julgamento do Lula, o chefe das Forças Armadas vem ameaçar com golpe de Estado”, mas com os políticos golpistas não acontece nada.
Ele complementa afirmando que “só vou me convencer que a lei é para todos, que aliás é o nome do filme lá da Lava Jato, quando eu ver o outro campo, o pessoal da centro-direita, tendo custos políticos semelhantes ao que a esquerda pagou. Por exemplo: se prenderem o Temer ano que vem. Quem é Michel temer ano que vem? Ninguém nem vai lembrar do nome dele. Se pegarem o Aécio ano que vem. Que importância tem o Aécio Neves a esta altura do campeonato?”.
Portal CTB