O Sindicato dos Estivadores do Estado do Espírito Santo acaba de sair de um pleito eleitoral vitorioso em que a chapa única obteve 90% dos votos das trabalhadoras e trabalhadores sindicalizados, o sindicato é tema da escola de samba Novo Império, da capital capixaba.
“A categoria entendeu a necessidade de unidade para fortalecer o sindicato e lutar contra a reforma da previdência e pela revogação da reforma trabalhista”, diz José Adilson Pereira, presidente eleito do sindicato. A posse da nova diretoria ocorre no dia 27 de março.
“Muito importante porque o nosso sindicato completa 100 anos neste ano e temos diversas atividades programadas até o dia 20 de julho, a data do aniversário”, complementa. Pereira conta que vai ser criado um selo comemorativo do centenário, a rua da República, onde fica a sede, passará a se chamar avenida dos Estivadores, além de estar programada uma grande festa em julho.
Assista a reprotagem do ESTV, da TV Gazeta, sobre o enredo da Novo Império
Mas o que está chamando mais a atenção de toda a população capixaba é a homenagem feita pela escola de samba Novo Império, que desfila no grupo especial da capital Vitória. Com o tema “No Vai e Vem do Mar Lá se Vão 100 Anos do Sindicato da Estiva”, a escola canta a importância dos estivadores na economia do estado do Sudeste.
“Miscigenação de um povo! Índios, negros e italianos geraram os braços fortes de nobres estivadores que contribuíram com a expansão do comercio da indústria de Vitória, os nordestinos vindos de Alagoas juntaram-se aos demais estivadores capixabas e deixaram o suor encravado neste chão”, diz o carnavalesco Jorge Caribe.
Como aperitivo, acompanhe ensaio técnico da Novo Império
Já Pereira explica que a história do sindicato e da escola de samba se misturam. “A Novo Império foi fundada (em 1956) por estivadores como resistência cultural e uma forma de organizar melhor as lutas em prol do povo”.
Para o sindicalista a homenagem prestada pela escola de samba vai obrigar a “afiliada da Globo a contar a nossa história para milhares de pessoas durante uma hora de desfile”. Ele explica que tudo o que “eles se recusaram a falar sobre a reforma trabalhista e as nossas lutas por mais direitos, no Carnaval terão de fazê-lo”.
A festa mais popular do Brasil mostra que pode ajudar na organização e superação das mazelas de uma elite que odeia o país e o seu povo.
Portal CTB – Marcos Aurélio Ruy