A concentração ocorreu por volta das 17h, na Praça 7. Em seguida, as manifestantes seguiram em passeata até a Praça da Estação.
A Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil, seção Minas Gerais (CTB-MG) participou do ato contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 181, de 2015, aprovada por uma comissão mista na Câmara dos Deputados no dia 8 de novembro, que pretende criminalizar o aborto em todos os casos no país.
Com frases de efeitos como “Não teremos filhos de estupradores” e “Meu corpo, minhas regras”, as mulheres ocuparam as ruas da capital mineira e diversas outras capitais do Brasil.
Celina Arêas, secretária da Mulher Trabalhadora da CTB nacional acompanhou a manifestação e afirma que a central apoia integralmente a luta das mulheres pelo direito de decidir. “Por que 18 homens que não têm a mínima ideia do que significa ser mulher num país violento como o Brasil querem decidir sobre o corpo das mulheres?”, questiona Arêas.
Para ela, “é um crime de lesa humanidade querer obrigar uma mulher a levar a cabo uma gestação fruto de tamanha violência”. A sindicalista mineira explica ainda que os “parlamentares deveriam estar mais preocupados em combater o crime e prender os estupradores e não os premiar com a paternidade”.
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De acordo com a diretora da CTB-MG, Andréia Diniz, era possível ver muitas mulheres engajadas para evitar que essa PEC seja aprovada. “Entretanto, os homens também precisam abraçar essa causa. Basta imaginar essas situações com suas mães, esposas, irmãs ou filhas. Não vamos aceitar mais esse retrocesso, não temos o direito de escolha com o nosso próprio corpo?”, pergunta.
Para vigorar, a PEC 181 precisa ser aprovada pelo plenário da Câmara dos Deputados, Senado e sancionada pelo presidente.
Bárbara Batista, da CTB-MG e Marcos Aurélio Ruy, do Portal CTB