Os ataques a bancos na Bahia continuam sendo motivo de preocupação para a categoria e população. Levantamento realizado pelo Sindicato dos Bancários da Bahia aponta que de janeiro deste ano até outubro foram registrados 67 casos no Estado. Foram 53 ocorrências no interior, enquanto em Salvador 14.
Entre as modalidades, 35 explosões, 12 arrombamentos, três assaltos e 17 tentativas frustradas. O maior alvo dos criminosos tem sido o Banco do Brasil, com 22 ocorrências. Em seguida aparece o Bradesco, com 19 registros e logo depois a Caixa, 11 casos. Já no Santander foram registrados sete ataques.
Os dados foram apresentados na manhã desta terça-feira (31/10) durante audiência pública com a participação dos representantes dos bancários, dos bancos, da Polícia Militar e Civil para tratar do assunto. Com o tema Assaltos a bancos e modernização da segurança bancária na Bahia, o evento foi realizado na Assembleia Legislativa da Bahia, em Salvador.
Os resultados refletem a falta de comprometimento das instituições financeiras. Do total dos recursos destinados à segurança, apenas 6,5% são para estruturas físicas. A maior parte (93,5%) vai para prevenção dos ataques virtuais.
Os bancos podem fazer muito mais pela segurança dos trabalhadores e clientes, que ajudam nos aumento dos lucros exorbitantes. Dentre as alternativas apresentas pela categoria estão a instalação de dispositivos autodestrutíveis que tornaria infrutífera a ação dos bandidos, além das câmeras de segurança nas fachadas das agências.
A solução deve partir sim dos órgãos de segurança, mas, sobretudo dos grandes bancos brasileiros. “É preciso continuar cobrando melhorias das empresas. Afinal, a preservação da vida e da segurança dos empregados são aspectos fundamentais. O Sindicato já denunciou a situação no MPT e vai continuar na luta em prol dos trabalhadores”, afirma o presidente do SBBA, Augusto Vasconcelos.
O risco para dezenas de trabalhadores é grande, principalmente nas cidades do interior. Bancários e população ficam traumatizados por conta da insegurança. A economia local também é afetada, já que em muitos casos os clientes precisam viajar para outras cidades em busca de atendimento.
Fonte: Seeb