O secretário da seção estadual de Juventude da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil na Paraíba (CTB-PB) e também membro da Comissão Intersetorial de Saúde do Trabalhador de Campina Grande (CIST/CG), Pedro Medeiros, destacou importância da 1ª Jornada Nacional de Saúde do Trabalhador e Trabalhadora, que ocorreu em Brasília de 18 a 20 de outubro.
Encontro sobre saúde analisa as conseqüências da reforma trabalhista sobre a classe trabalhadora.
Na condição de membro da CIST-CG, Pedro Medeiros considerou o evento como um espaço de amadurecimento de conhecimentos quanto ao ato de fiscalizar as ações do Município e Estado referente a recursos destinados à política da saúde do trabalhador.
Durante sua intervenção, Pedro fez duras críticas a PEC 287, já aprovada, que limita os investimentos públicos para a saúde por 20 anos. ” Essa situação deixa a saúde pior do que já está, ou seja, um verdadeiro caos”, assinala.
A falta de recursos públicos para a saúde, conforme o cetebista, tem levado milhares de pessoas a filas de espera por atendimento do Sistema Único de Saúde (SUS), e “muitos morrem na porta dos hospitais por falta de assistência, sendo agora a situação ainda mais agravada”.
“Estamos todos estarrecidos diante deste governo, onde a população está sofrendo diversos ataques, perdendo direitos sociais, econômicos e trabalhistas, situação esta nunca vista em toda a história do Brasil. Vivemos a era de um grande retrocesso das políticas públicas”, enfatiza.
Segundo ele, a reforma trabalhista além de acarretar jornada de trabalho excessiva, de até 12 horas e apenas 30 minutos para a refeição, contribuirá para que os trabalhadores fiquem expostos a sérios danos à saúde.
“Os mais prejudicados com a reforma trabalhista serão as mulheres, uma vez que não terão garantia de trabalhar em locais salubres, sem quer que haja preocupação das empresas com a saúde das trabalhadoras”, disse.
Ele também criticou a portaria do ministro do Trabalho Ronaldo Nogueira, que restringe o poder dos auditores fiscais do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), a exemplo de não poderem mais fiscalizar o trabalho escravo.
Por Francinete Silva