O Projeto ultraliberal ,conservador de Temer, Sartori e Marchezan, faz parte de um alinhamento golpista e tucano que tomou de assalto a democracia brasileira.
Este trio “calafrio” não vai sossegar enquanto não retirar todos os direitos da classe trabalhadora, criminalizar os movimentos sociais e populares e privatizar tudo que é público.
Nelson Marchezan Júnior além de ser considerado um debochado, demonstra dificuldades de diálogo com a população, com os (as) servidores (as) públicos e com quem quer que seja que discorde de suas opiniões. Possivelmente só consegue “monologar” com seu próprio espelho, se isso for possível.
A cidade de Porto Alegre anda de marcha ré com o tamanho retrocesso e ataques que acontecem diariamente desde janeiro de 2017. Nossa capital está a 8 meses nas mãos de um playboy despreparado que debocha das necessidades da população e não esconde seu objetivo principal: LIQUIDAR PORTO ALEGRE, privatizar os serviços públicos e para tanto precisa atacar, assediar e criminalizar os (as) servidores (as) públicos municipais que estão na mira deste irresponsável que parcela salários, quer acabar com o plano de carreira, e retirar direitos dos (as) trabalhadores (as).
O prefeito Nelson “Malchezan” Júnior faz MAL à cidade de Porto Alegre, à educação, à saúde, à assistência social, ao saneamento e a água, à segurança, ao transporte, à cultura, ao patrimônio público e cultural, ao carnaval, ao esporte e o lazer, enfim, faz MAL a todas as políticas públicas e a população da nossa cidade que tem o direito de morar e ter atendimento de qualidade nos equipamentos públicos, seja nos postos de saúde, nas escolas municipais e outros.
O prefeito Júnior fez o seu primeiro ataque contra a educação. As escolas municipais ficam cravadas nas comunidades que mais necessitam das políticas públicas e mesmo assim, sua primeira medida foi diminuir o lanche das crianças e adolescentes, desrespeitar a gestão democrática, acabar com projeto Adote um escritor das bibliotecas escolares, e também pretende acabar com a Educação de Jovens e Adultos (EJA), demonstrando que governa só para seus amigos (as) e não se preocupa nem um pouco com a população da capital gaúcha.
A gestão do prefeito Marchezan vem causando um verdadeiro desmonte na saúde pública de Porto Alegre, gerando graves consequências que atingem diretamente a população usuária do Sistema Único de Saúde. A abertura do 3º turno em duas unidades de atendimento no sistema de área aberta sem a realização de novas contratações gera mais espera no atendimento além de não atender a diretriz de regionalização do atendimento, fragilizando o vínculo do (a) usuário (a) com o serviço e não garante a continuidade do atendimento.
Além de atrasar os salários Marchezan ainda propõe diminuir a carga horária dos (as) trabalhadores (as) da saúde para 30h com redução drástica nos salários. A idéia é aumentar a contratação terceirizada dos (as) profissionais, que hoje já chega há quase metade do quadro.
Porto Alegre é a capital brasileira com maior índice de pessoas vivendo com HIV e AIDS, a maior concentração da epidemia se dá entre os jovens, o desmonte do serviço faz com que a testagem rápida para o HIV que deveria funcionar em livre demanda, seja agendada em número limitado. Ainda enfrentamos medidas de barreira de acesso nas Unidades Básicas de Saúde que ferem o princípio de universalidade do SUS.
A política de Assistência Social, legalmente reconhecida como direito social e dever do Estado, garantidos pela Constituição de 1988, vem sofrendo um amplo processo de descaso e desmantelamento na cidade de Porto Alegre.
O projeto do prefeito aniquila a política de Assistência Social, não garante o pagamento dos(as) servidores(as) em dia, desfez o cadastro de 18 mil famílias que recebiam o beneficio Bolsa-Família, não renovou o contrato com a empresa terceirizada fazendo com que os(as) trabalhadores(as) dos CRAS e CREAS fossem demitidos(as) e não nomeou os(as) aprovados(as) no concurso público. Essas ações atingem diretamente os (as) trabalhadores e trabalhadoras, e atingem os(as) usuários(as) que necessitam dessa política essencial para manterem suas famílias enquanto cidadãs que tem direito ao atendimento de qualidade e merecem respeito.
O DMAE público tem como objetivos garantir a qualidade da água, a universalização dos serviços e a saúde da população. O DMAE privado como quer o prefeito Nelson Marchezan Júnior, fará com que baixe a qualidade no saneamento e na água tratada e em curto prazo a população terá que pagar no mínimo o dobro da tarifa do consumo de água.
Marchezan vê a cidade como Mercadoria, quer vender a cidade e não se preocupa em garantir moradia para quem precisa. Esta gestão em pouco tempo está destruindo nossa cidade e roubando nossos direitos. A população sofre com a falta das políticas públicas, e nós servidores(as) sofremos com a precarização, com o assédio moral e a tentativa de nos amordaçar.
O prefeito retira direitos no transporte, ameaça a Carris e quer acabar com o emprego dos cobradores: Quer acabar com a segunda passagem gratuita e com o meio-passe estudantil.
Como se tudo isso não bastasse Nelson Marchezan Júnior pretende privatizar o Mercado Público que é um patrimônio histórico, cultural da nossa cidade. Esta atitude é uma afronta às raízes africanas que cultivamos e respeitamos em Porto Alegre.
Desta forma o Brasil, o Rio Grande do Sul e o “Porto não muito Alegre” vivem sob o comando de gestores que incorporaram o discurso da modernidade para enganar a população, e que não escondem querer o modelo de Estado Mínimo.
Nosso grande desafio é continuarmos acumulando forças e dialogando com toda a população, a fim de seguirmos na construção de uma grande Frente em Defesa de Porto Alegre e Contra os ataques de Nelson Marchezan Junior, o pior gestor que nossa cidade já teve.
A unidade dos movimentos sociais, centrais sindicais, movimentos populares, artistas, partidos políticos, e todos e todas que defendem a democracia e uma Porto Alegre que acolha, respeite e atenda as necessidades e os direitos de cada cidadã e cidadão Porto Alegrense.
Resistir e lutar são as palavras de ordem que gritamos nas ruas, nas praças e nos quatro cantos do Brasil em todos os dias neste último ano, na certeza que: A Primavera vai chegar num “Porto não muito Alegre”.
Silvana Conti – Professora da RME de Porto Alegre, Vice – Presidenta da CTB/RS.
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